Tutores suspeitam que cães foram vítimas de intoxicação após consumo de petiscos em Sergipe

Tutores suspeitam que cães foram vítimas de intoxicação alimentar após consumo de petiscos em Sergipe, dois deles morreram e um está em tratamento. Dois Boletins de Ocorrência já foram registrados na Polícia Civil em Aracaju. Outros casos de suspeita de intoxicação foram registrados em Goiás e Minas Gerais.

Em nota publicada no site da empresa, a fabricante Bassar Pet Food informou que interrompeu a produção de seus produtos até que “sejam totalmente esclarecidas as suspeitas de contaminação de pets envolvendo lotes de seus produtos” (veja nota completa ao fim da reportagem).

Nesta segunda-feira (5), o caso da cadelinha, Nala, foi informado à polícia. De acordo com o tutor, Cristiano Barreto, ela ingeriu o petisco pela primeira vez no dia 15 de agosto, e poucos dias depois apresentou sintomas de moleza, prostração e apresentou vômito.

“Ela foi levada ao veterinário onde passou por exames de sangue e uma ultrassom abdominal constatou pancreatite e gastrite”, explicou.

Ainda de acordo com ele, Nala iniciou o tratamento, mas voltou a passar mal e no dia 26 de agosto, foi hospitalizada e submetida a novos exames, que comprovaram a piora da pancreatite e da gastrite. No dia seguinte, ela morreu após sofrer duas paradas cardíacas.

Cristiano disse que fez a doação dos objetos e dos alimentos para uma funcionária da família, que possuía um cachorro e três dias depois o animal, que também ingeriu os petiscos, acabou morrendo.

Amora está em tratamento, diz tutora — Foto: Arquivo Pessoal

A fisioterapeuta, Luziana Salles Meira, que registrou um Boletim de Ocorrência no dia 2 de setembro, conta uma história semelhante, em relação à saúde da cachorrinha Amora, de 3 anos, que foi socorrida no dia 25 de agosto com sintomas de vômito e fezes com sangue.

De acordo com ela, o laudo da veterinária apontou infecção alimentar ou envenenamento. Amora segue em tratamento e aguardando completar 15 dias para repetir os exames.

Em uma clinica veterinária de Aracaju, pelo menos dois cães que consumiram o petisco apresentaram sintomas de intoxicação. “Foram pacientes que iniciaram com caso gastrointestinal, um deles apresentando vezes com sangue, náuseas, vomito, perda de hepatite e outra após a ingestão não apresentou a diarreia”, disse a veterinária Alessandra Aragão .

Nota da fábrica Bassar na íntegra

“A Bassar Pet Food informa que interrompeu a produção de sua fábrica até que sejam totalmente esclarecidas as suspeitas de contaminação de pets envolvendo lotes de seus produtos. A empresa também está contratando uma empresa especializada para fazer uma inspeção detalhada de todos os processos de produção e do maquinário em sua fábrica, em São Paulo.

De modo preventivo, a companhia já estava recolhendo os lotes de duas linhas de alimentos, mas procederá agora ao recolhimento de todos os produtos da empresa nacionalmente, conforme determinação do Ministério da Agricultura, Pecuário e Abastecimento.

A Bassar esclarece que ainda não teve acesso ao laudo produzido pela Polícia Civil de Minas Gerais, mas está colaborando totalmente com as autoridades desde o início dos relatos sobre os casos. A empresa enviou amostras de produtos para institutos de referência nacional para atestar a segurança e conformidade de seus produtos sob investigação.

Além disso, acionou todos os seus fornecedores para que façam o rastreamento dos insumos utilizados para afastarem a hipótese de algum tipo de contaminação.

A empresa está solidária com todos os tutores de pets – nossos consumidores e razão de nossa empresa existir. Somos os maiores interessados no esclarecimento do caso. Por isso, a empresa vem tomando todas as providências para investigação dos fatos. Os consumidores podem tirar dúvidas pelo e-mail [email protected]

Fonte: g1 SE

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