Sergipe recebeu 2.157 implantes contraceptivos subdérmicos enviados pelo Ministério da Saúde (MS), como parte da estratégia nacional para ampliar o acesso a métodos de longa duração e alta eficácia. A remessa reforça o atendimento às mulheres que buscam alternativas seguras e gratuitas para o planejamento reprodutivo na rede pública. Os dispositivos serão distribuídos entre os municípios habilitados.
De acordo com o secretário de Estado da Saúde, Cláudio Mitidieri, a chegada dos implantes representa um passo importante para a saúde reprodutiva das mulheres sergipanas.
“A ampliação do acesso a métodos seguros, eficazes e de longa duração fortalece o planejamento familiar em todo o estado. Além disso, os profissionais vêm sendo capacitados, permitindo que mais municípios estejam aptos a ofertar o implante com qualidade e segurança”, destacou.
O novo método é reversível, difere da laqueadura e oferece proteção por até três anos, desde que a paciente esteja dentro dos critérios de elegibilidade definidos pelo Ministério da Saúde.
Segundo a diretora da Atenção Primária da SES, Ana Lira, o implante possui fácil inserção, baixa taxa de rejeição e não exige acompanhamentos frequentes, como ocorre com o DIU.
“É um método extremamente seguro, com a maior taxa de eficácia entre as opções contraceptivas disponíveis. Representa um avanço significativo para a saúde sexual e reprodutiva da mulher”, reforçou.
Mais autonomia para as mulheres
Com a inclusão do implante subdérmico, o SUS em Sergipe amplia as opções disponíveis às usuárias: DIU, implante, contraceptivos orais, injetáveis e camisinha. O aumento da oferta fortalece a autonomia feminina, permitindo que cada mulher escolha a estratégia que mais se adapta ao seu estilo de vida.
Capacitação pioneira
Sergipe também se destaca na capacitação de profissionais. O estado foi pioneiro ao formar 20 enfermeiros para inserção do implante, com aulas teóricas, atividades práticas e treinamento técnico. Os profissionais seguem atualizando seus conhecimentos de acordo com os protocolos nacionais.
No dia 2 de dezembro, o Ministério da Saúde promoverá uma nova capacitação, com a participação de 40 profissionais — médicos e enfermeiros — dos municípios com mais de 50 mil habitantes, ampliando ainda mais o número de equipes aptas a realizar o procedimento.
Fonte: ASN


