A Polícia Civil de Sergipe, por meio da Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC), prendeu oito suspeitos nesta sexta-feira, 24, durante a Operação “Central Fantasma”. A ação, que contou com apoio da Divisão de Inteligência e Planejamento Policial (Dipol), desarticulou uma organização criminosa responsável por aplicar golpes bancários em 10 estados do Brasil. Duas das prisões ocorreram em Feira de Santana, na Bahia, onde também foi apreendido um veículo de luxo da marca Mercedes-Benz.
As detenções ocorreram nos bairros José Conrado de Araújo, em Aracaju, no Conjunto Jardim, em Nossa Senhora do Socorro, além de cidades como Barra dos Coqueiros, São Paulo e Feira de Santana. O grupo criminoso atuava em vários estados, incluindo Paraná, Acre, Bahia, Sergipe, Minas Gerais, Roraima, São Paulo, Rio de Janeiro, Pará e Goiás, e causou um prejuízo estimado em R$ 1,3 milhão às vítimas.
De acordo com o delegado Érico Xavier, responsável pelas investigações, os criminosos utilizavam técnicas de engenharia social para enganar as vítimas. “Eles se passavam por atendentes de centrais bancárias e convenciam as pessoas de que estavam diante de uma tentativa de fraude. Induziam as vítimas a fornecer dados pessoais e bancários, permitindo o acesso indevido às contas”, explicou.
As investigações revelaram que o grupo operava de maneira organizada, com divisão de funções, semelhante a um call center. Algumas pessoas eram responsáveis por abordar as vítimas, outras por coletar informações sigilosas, enquanto uma parte da quadrilha realizava as transações fraudulentas.
O diretor do Depatri, delegado André Baronto, aproveitou para reforçar o alerta sobre esse tipo de golpe: “Nenhum banco solicita que o cliente forneça senhas ou realize transferências para evitar uma suposta fraude. A orientação é nunca repassar dados pessoais por telefone e, em caso de dúvida, procurar imediatamente o banco pelos canais oficiais de atendimento.”
Com informações da SSP.


