Uma operação de fiscalização iniciada na manhã desta terça-feira (7), em Aracaju, não identificou, até o momento, locais com vendas de bebidas adulteradas. A ação conjunta contou com a participação do Ministério Público de Sergipe (MPSE), Procon Estadual, Delegacia de Defesa do Consumidor e da Ordem Econômica (Decon), Polícia Militar e Procon Municipal.
De acordo com a delegada Georlize Teles, titular da Decon, a operação tem caráter preventivo e não foi motivada por denúncias.
“Ninguém foi denunciado e não houve registros de intoxicação por metanol em Sergipe. Até agora, não encontramos nenhum indício de adulteração”, afirmou.
A operação foi dividida em duas frentes de trabalho — uma na zona norte e outra na zona sul da capital. As equipes fiscalizaram distribuidores, supermercados, bares e restaurantes, verificando notas fiscais, rótulos, lacres e condições de armazenamento.
Segundo a diretora do Procon/SE, Tereza Raquel, a ação inclui a verificação da origem dos produtos, notas de entrada e saída e amostragens de destilados de maior venda.
“Solicitamos as notas fiscais para identificar a origem, o fabricante, o prazo de validade e as condições de armazenamento”, explicou.
O Instituto de Análises e Pesquisas Forenses (IAPF) também participou da operação, coletando amostras para análise laboratorial.
“Foram encontrados alguns destilados abertos; fizemos a coleta e as amostras serão analisadas para detectar ou não a presença de metanol”, informou o perito criminal Kleber Willer.
A coordenadora do Procon/Aracaju, Roseneide Araújo, destacou que a ação segue diretrizes da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) e busca prevenir riscos à saúde.
“Caso alguma situação suspeita seja identificada, o produto é lacrado e encaminhado para perícia técnica. O objetivo é retirar de circulação qualquer bebida adulterada”, reforçou.
A operação terá continuidade durante a semana, com inspeções aleatórias em estabelecimentos comerciais.
“As bebidas fiscalizadas são os destilados de maior venda e repercussão”, concluiu a diretora do Procon/SE.
A população pode colaborar denunciando suspeitas de venda ou fabricação de bebidas adulteradas à Polícia Militar (190) ou à Decon da Polícia Civil, pelo Disque-Denúncia (181) ou presencialmente na sede da unidade, no bairro Getúlio Vargas, das 7h às 18h.
