O vereador de Aracaju, Élber Batalha (PSB), acusou a prefeita Emília Corrêa de inflar a máquina pública com novos cargos comissionados e elevar significativamente os gastos do município com pessoal. A denúncia foi feita nas redes sociais do parlamentar.
Segundo Elber, a prefeitura criou cerca de 700 novos cargos comissionados, o que teria gerado um aumento de aproximadamente 50% na folha salarial. Ele afirma que, atualmente, os gastos mensais com essas nomeações ultrapassam R$ 15 milhões, o que classificou como um “cabide de emprego político”.
Ainda conforme o vereador, o número de comissionados saltou de 2.398 para 3.402 em apenas um mês, entre dezembro e janeiro, e continuou crescendo gradativamente ao longo dos meses seguintes.
Críticas antigas de Emília são resgatadas
Elber também destacou declarações antigas da própria prefeita, feitas quando ela ainda era vereadora e criticava a criação de cargos comissionados:
“Isso é lógica eleitoreira. É uma improbidade absurda. Temos que apelar ao Ministério Público, porque isso é flagrante. Isso é crime. A gente não pode admitir isso”, dizia Emília à época.
Impacto na previdência municipal
Em entrevista nesta segunda (13), o parlamentar alertou que o aumento de comissionados, sem a realização de concursos públicos, agrava o déficit do sistema previdenciário municipal, já que esses servidores contribuem apenas para o INSS, e não para o Aracaju Previdência.
“O futuro da aposentadoria daqueles que são efetivos do município fica cada vez mais em risco”, declarou.
Encaminhamento ao Ministério Público
Élber afirmou ainda que levará a denúncia ao Ministério Público e reforçou o compromisso da oposição na fiscalização das contas públicas:
“Não nos calaremos. A oposição de Aracaju tem um trabalho sério de investigação, fiscalização e compromisso com todos aqueles que nos elegeram para exercer justamente esse papel.”
A prefeitura de Aracaju ainda não se manifestou sobre as acusações.
