Ansiedade sonora pode traumatizar cães e gatos no fim de ano; especialista dá orientações

Especialista explica como sons altos, como fogos de artifício, podem afetar o bem-estar dos pets e dá orientações de cuidados.

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Sons altos, como fogos de artifício, trovões, obras e motores, são responsáveis por alguns dos problemas comportamentais mais comuns em cães e gatos. Embora muitos tutores interpretem essas reações como exageradas, elas representam uma resposta real de pânico, com os animais acreditando estar em perigo. Com a chegada das festas de fim de ano, especialmente o Réveillon, esses episódios se tornam ainda mais recorrentes e significativos.

De acordo com a médica-veterinária Manuela Soares, coordenadora de produtos da linha pet da Syntec, “a audição sensível e aguçada dos pets faz com que sons que para nós são apenas incômodos se tornem ameaçadores ou até dolorosos”. Além disso, experiências traumáticas, falta de socialização sonora ou predisposição genética podem intensificar esses quadros.

Entre os sinais mais comuns de ansiedade sonora nos pets estão: tremores, vocalização excessiva, respiração acelerada, tentativas de fuga, busca desesperada por abrigo, salivação excessiva, eliminações por estresse e, em alguns casos, agressividade. Gatos, especialmente, tendem a se esconder por longos períodos ou ficam completamente paralisados.

Manuela recomenda que, para ajudar um pet que sofre de ansiedade sonora, o tutor deve criar um ambiente seguro e acolhedor, proporcionando um “refúgio” distante da fonte do barulho. A presença calma do tutor é essencial durante episódios de medo, reforçando a sensação de segurança. “Punições nunca devem ser usadas, pois aumentam ainda mais o estresse do animal”, alerta. A especialista também sugere o treinamento de dessensibilização, com o animal sendo exposto gradualmente a sons em baixa intensidade, sempre com a orientação de um profissional qualificado.

Além disso, suplementos calmantes, feromônios sintéticos e cuidado com o ambiente também são formas de aliviar a ansiedade sonora. Nos casos mais graves, a avaliação de um médico-veterinário comportamentalista pode ser necessária, e o uso de ansiolíticos pode ser recomendado para controlar o pânico do animal.

Manuela Soares reforça que esse cuidado deve ser ainda maior no final do ano, quando os fogos de artifício são mais frequentes. Durante este período, muitos animais enfrentam níveis extremos de medo, podendo fugir e se machucar. Para garantir mais segurança, é importante planejar com antecedência, reforçar o abrigo seguro, manter portas e janelas bem fechadas e garantir que o pet esteja devidamente identificado.

Cuidar do medo e da ansiedade sonora é fundamental para o bem-estar emocional dos animais. Com paciência, compreensão e a orientação correta, é possível transformar esses momentos de estresse em períodos mais tranquilos, devolvendo aos pets a sensação de segurança dentro de casa.

Por Gabriela Carvalho / Texto Comunicação

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