O cancelamento do tradicional Projeto Verão, anunciado pela prefeita de Aracaju, Emília Corrêa (PL), gerou uma onda de críticas e protestos nas redes sociais e no meio político. A justificativa oficial de “falta de recursos” foi duramente contestada pela deputada estadual Linda Brasil, que utilizou suas redes sociais para acusar a gestão de priorizar uma agenda política que desvaloriza a cultura.
Em publicação veemente, Linda Brasil classificou a decisão como um “insulto à cultura e à inteligência do povo de Aracaju” e destacou que havia uma verba de R$ 3,2 milhões destinada ao evento, além de autorização para remanejamento de até 30% do orçamento aprovado para 2025.
“O problema não é financeiro, é político. Essa decisão reflete o projeto bolsonarista de Emília, que vê a cultura como ameaça, não como investimento. Cancelar o Projeto Verão é sufocar uma iniciativa que traz vida à cidade, diversidade e celebração coletiva”, afirmou a deputada.
Impacto do cancelamento
O Projeto Verão é conhecido por promover atividades culturais e artísticas que movimentam o turismo e a economia local. Artistas, comerciantes e a população em geral aguardavam o evento, que se consolidou como uma tradição da capital sergipana.
Críticos da decisão argumentam que o cancelamento vai além da justificativa financeira e reflete uma visão de gestão que não valoriza iniciativas culturais. “Aracaju é maior do que essa gestão e será defendida por quem acredita na força do povo, na arte e no direito de celebrar nossa identidade”, escreveu Linda Brasil em tom de resistência.
Prefeitura ainda não se manifestou
Até o momento, a Prefeitura de Aracaju não apresentou esclarecimentos detalhados sobre o cancelamento do evento nem respondeu às críticas direcionadas à gestão.
O episódio reacende discussões sobre o papel da cultura na cidade e coloca a administração de Emília Corrêa, eleita em 2024 com apoio de segmentos conservadores, sob escrutínio.
Mobilização popular e política
Com a repercussão negativa, lideranças políticas e representantes da classe artística prometem pressionar a gestão para reverter a decisão e debater os rumos das políticas culturais na capital.
A Câmara Municipal de Aracaju deve tratar o tema em plenário, enquanto movimentos culturais começam a organizar mobilizações para questionar as prioridades da nova gestão.
Por Isto é Aracaju
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