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A Ilusão dos Seguidores: Redes Sociais Não Garantem Votos nas Urnas

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Por Isto é Aracaju

Imagem: freepik

Em um mundo cada vez mais digital, muitos candidatos a cargos públicos apostam em sua popularidade nas redes sociais como um termômetro para medir suas chances de sucesso nas urnas. Mas essa é uma leitura equivocada. A quantidade de seguidores no Instagram, X, antigo Twitter ou Facebook não traduz diretamente o número de votos que um político pode receber.

É inegável que a presença nas redes sociais ajuda a construir imagem, divulgar propostas e alcançar pessoas de diferentes regiões. No entanto, transformar curtidas e compartilhamentos em votos é outro desafio. Um post que gera milhares de interações não necessariamente significa que o candidato conquistou a confiança do eleitor. Muitos seguem perfis apenas por curiosidade ou entretenimento, sem nenhum compromisso real com as ideias apresentadas.

A realidade eleitoral é bem mais complexa do que os algoritmos que governam as redes sociais. Nas ruas, a dinâmica é diferente. O voto exige identificação com o projeto político, confiança nas promessas e, muitas vezes, uma conexão mais pessoal. As redes sociais podem criar uma impressão de popularidade, mas não substituem o trabalho de base, a escuta ativa das necessidades da população e o contato direto com os eleitores.

Em eleições recentes, observamos casos de candidatos com milhões de seguidores que não conseguiram converter essa popularidade digital em votos suficientes. Por outro lado, há candidatos com presença digital modesta, mas que, com uma estratégia de campanha voltada para o diálogo real, conseguiram conquistar as urnas.

Esse contraste nos faz refletir sobre o verdadeiro papel das redes sociais na política. Elas são uma ferramenta valiosa, sem dúvida, mas não o único caminho. O voto continua sendo uma escolha íntima, baseada em valores, experiências e, principalmente, em como o eleitor enxerga o impacto de determinado candidato em sua própria vida.

Portanto, enquanto muitos se iludem com os números das redes, o eleitor de carne e osso quer ser ouvido, respeitado e, acima de tudo, representado de forma digna. A popularidade digital pode ser passageira, mas a responsabilidade de transformar a vida das pessoas, essa, sim, é permanente.

Por Isto é Aracaju

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