Em 2024, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) atualizou as normas para prevenir fraude na cota de gênero, ainda assim, um levantamento feito com exclusividade pela GloboNews com os partidos que têm as maiores bancadas na Câmara dos Deputados revelou que apenas 31 mulheres são pré-candidatas à prefeitura nas capitais do Brasil.
ATUALIZAÇÃO: esta reportagem foi publicada inicialmente com 25 nomes listados pelos próprios partidos. Após a publicação, diretórios estaduais das siglas informaram ao g1 a existência de outras pré-candidatas em capitais. O texto foi atualizado às 9h41).
Entre os partidos, a Federação PSOL-Rede, a Federação PT, PCdoB e PV, União Brasil e NOVO têm o maior número de pré-candidatas.
Já nas capitais, o destaque fica com Aracaju (SE), que tem cinco mulheres na disputa. O levantamento não identificou pré-candidaturas de mulheres em 11 das 26 capitais aptas ao pleito no Brasil.
Veja os número abaixo:
Pré-candidaturas femininas por partido
Nas capitais, as candidaturas femininas por partido estão distribuídas da seguinte maneira (em ordem decrescente de mais candidatura):
Federação PSOL-Rede (8 candidatas)
- Camila Valadão (Vitória)
- Natália Demes (Manaus)
- Charleide Matos (Palmas)
- Andrea Caldas (Curitiba)
- Niully Campos (Aracaju)
- Dani Portela (Recife)
- Ana Paula Siqueira (Belo Horizonte)
- Bella Gonçalves (Belo Horizonte)
Federação PT, PCdoB e PV (4 candidatas)
- Maria do Rosário (PT-RS) – Porto Alegre (RS)
- Adriana Accorsi (PT-GO) – Goiânia (GO)
- Camila Jara (PT-MS) – Campo Grande (MS)
- Natália Bonavides (PT-RN) – Natal (RN)
União Brasil (4 candidatas)
- Rose Modesto (União – MS) – Campo Grande (MS)
- Mariana Carvalho (União-RO) – Porto Velho (RO)
- Vanda Monteiro (União-TO) – Palmas (TO)
- Yandra Moura (União – SE) – Aracaju (SE)
NOVO (4 candidatas)
- Luísa Cardoso Barreto (Novo – MG) – Belo Horizonte (MG)
- Ana Carolina Sponza (Novo – RJ) – Rio de Janeiro (RJ)
- Maria do Carmo Seffair Lins de Albuquerque (Novo – AM) – Manaus (AM)
- Marina Helena Cunha Pereira Santos (Novo – SP) – São Paulo (SP)
PL (2 candidatas)
- Emília Corrêa (PL-SE) – Aracaju (SE)
- Janad Valcari (PL-TO) – Palmas (TO)
MDB (2 candidatas)
- Euma Tourinho (MDB-RO) – Porto Velho (RO)
- Danielle Garcia (MDB-SE) – Aracaju (SE)
PDT (1 candidata)
- Duda Salabert (Belo Horizonte)
PSD (1 candidata)
- Delegada Katarina (Aracaju)
PSDB (1 candidata)
- Patricia Ferraz (Macapá)
PSB (1 candidata)
- Tabata Amaral (São Paulo)
REPUBLICANOS (1 candidata)
- Aline Gurgel (Macapá)
PP (1 candidata)
- Maria Victoria (Curitiba)
PMB (1 candidata)
- Cristina Graeml (Curitiba)
Por capitais, a divisão fica assim (em ordem decrescente de mais candidaturas)
Aracaju (5 candidatas)
- Danielle Garcia (MDB)
- Yandra Moura (União)
- Emília Corrêa (PL)
- Niully Campos (PSOL)
- Delegada Katarina (PSD)
Belo Horizonte (4 candidatas)
- Luísa Cardoso Barreto (Novo)
- Ana Paula Siqueira (Rede)
- Bella Gonçalves (PSOL)
- Duda Salabert (PDT)
Palmas (3 candidatas)
- Vanda Monteiro (União-TO)
- Janad Valcari (PL-TO)
- Charleide Matos (PSOL-TA)
Campo Grande (2 candidatas)
- Rose Modesto (União – MS)
- Camila Jara (PT-MS)
Manaus (2 candidatas)
- Natália Demes (PSOL-AM)
- Maria do Carmo Seffair Lins de Albuquerque (Novo – AM)
Macapá (2 candidatas)
- Aline Gurgel (Republicanos – AP)
- Patricia Ferraz (PSDB-AP)
Porto Velho (2 candidatas)
- Euma Tourinho (MDB-RO)
- Mariana Carvalho (União-RO)
Curitiba (2 candidatas)
- Andrea Caldas (PSOL)
- Maria Victoria (PP)
Recife (1 candidata)
- Dani Portela (PSOL-PE) – Recife (PE)
São Paulo (2 candidatas)
- Tabata Amaral (PSB-SP)
- Marina Helena Cunha Pereira Santos (Novo – SP)
Porto Alegre (1 candidata)
- Maria do Rosário (PT-RS)
Goiânia (1 candidata)
- Adriana Accorsi (PT-GO)
Natal (1 candidata)
- Natália Bonavides (PT-RN)
Vitória (1 candidata)
- Camila Valadão (PSOL-ES)
Rio de Janeiro (1 candidata)
- Ana Carolina Sponza (Novo – RJ)
Novas regras
A Justiça Eleitoral determina que os partidos tenham no mínimo 30% de candidatas mulheres e destinem o mesmo percentual do fundo eleitoral para os gastos de campanhas femininas. De acordo com as novas regras do TSE, as candidatas não podem, por exemplo, ter votação zerada ou inexpressiva, apresentar prestação de contas idêntica a outra e deixar de divulgar suas próprias campanhas.
Caso um desses fatores seja identificado, o Tribunal pode aplicar penas como cassar o registro dos candidatos da legenda, tornar inelegíveis aqueles que, no entendimento, colaborarem com a prática e anular os votos obtidos pelo partido.
Somente duas mulheres foram eleitas para comandar capitais nos últimos dois pleitos, como mostram os dados do Instituto Alziras. Em 2016, Teresa Surita (PMDB) foi reeleita no 1º turno com 79,39% para a prefeitura de Boa Vista (RR), já em 2020, Cinthia Ribeiro (PSB) teve 36,24% dos votos para o executivo de Palmas (TO).
De acordo com o Instituto Alziras, os homens seguem no comando de 88% das prefeituras do país. As mulheres que são 51% da população, governam 12% dos municípios. Já as mulheres negras governam apenas 4% dos municípios.
Fonte: G1/SE
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