Em reunião na tarde desta terça-feira, 23, a Diretoria Colegiada da Sudene aprovou a concessão de incentivos fiscais para a Petrobras para a implantação dos projetos Sergipe Águas Profundas (SEAP I e SEAP II). A companhia informou investimento de R$ 20 bilhões à Autarquia até 2029. A perspectiva é de geração de 6,5 mil empregos diretos durante 20 anos de produção.
O projeto aumenta a oferta de gás no Brasil, criando uma nova fronteira no Nordeste. A Petrobras é hoje a maior produtora de gás do país, responsável por 66% da disponibilidade nacional. A partir da exploração de petróleo e produção do gás associado no litoral sergipano, espera-se reduzir progressivamente a necessidade de importação.
“Esse projeto tem a capacidade de ampliar consideravelmente a cadeia produtiva do gás do Brasil e, mais diretamente, transformar Sergipe economicamente, com a atração de novas indústrias e geração de empregos e renda para a população do estado, com impactos positivos também em Alagoas”, destacou o superintendente da Sudene, Danilo Cabral, durante a reunião.
A empresa apresentou o pleito de redução de 75% do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) para a implantação do projeto, com base no artigo 14 da Resolução do Conselho Deliberativo da Sudene número 143, de 9 de dezembro de 2020. “Essa é uma possibilidade que a empresa tem de ter reconhecido o benefício fiscal, nos casos em que o empreendimento somente fique pronto e operacionalmente funcionando posteriormente. Neste caso, a Sudene reconhece que o pleito dela se enquadra na lei, porém o benefício somente é reconhecido, dando direito ao laudo quando ela estiver operando e estiver com o pleito em condições de ser aprovado”, explicou o diretor de Gestão de Fundos e Incentivos Fiscais da Sudene, Heitor Freire.
Os investimentos para desenvolvimento dos projetos, de acordo com a Petrobras, são expressivos – estão estimados entre R$ 40 e R$ 60 bilhões até a conclusão total dos projetos. E têm potencial de geração de aproximadamente R$ 40 bilhões de tributos. No momento, a Petrobras coordena uma licitação para a contratação conjunta das duas plataformas previstas para produzir na região.
O Sergipe Águas Profundas é composto por extração de óleo e gás não associado em cinco jazidas inseridas nos campos Cavala, Agulhinha, Agulhinha Oeste, Budião, Budião Noroeste e Budião Sudeste, gasodutos marítimos e terrestres, além de um ponto de entrega localizado a 23 quilômetros da costa do estado. De acordo com a Petrobras, mais de R$ 9 bilhões já investidos no projeto, com a perfuração de 30 poços, realização de 11 testes e de um teste de longa duração.
Serão duas plataformas flutuantes do tipo FPSO, com capacidade para produzir 120 mil barris de óleo por dia cada e devem entrar em operação a partir de 2028. Uma das plataformas terá capacidade de processar 10 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia e a outro, 12 milhões. Nesse projetos, a Petrobras está associada a duas principais empresas indianas com atuação na exploração e produção de petróleo – a ONGC Videsh (subsidiária da National Oil Company of India) e a IBV, uma joint venture entre a Bharat Petroleum (BPCL) e a Videocon Industrie.
Com informações da Sudene
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