Esta segunda, 5 de fevereiro, começou agitada para professoras e professores da rede municipal de ensino de Carmópolis. Eles vieram a Aracaju para um ato em frente ao Tribunal de Contas do Estado de Sergipe (TCE-SE) para solicitar que o órgão cobre da prefeitura da cidade o cumprimento de direitos que estão sendo desrespeitados.
A situação do magistério da cidade é preocupante. “Nossos salários estão defasados desde 2020. Vamos para o quinto ano sem atualização salarial porque a prefeita Esmeralda Cruz já anunciou que não vai aplicar o percentual para atualização de 2024”, disse Gilvanir Mendes, diretor de Comunicação da Subsede Regional Vale do Japaratuba e professor da rede municipal de Carmópolis. “Essa situação absurda precisa mudar. O salário de 2020 não paga as contas de 2024”, colocou Elizabeth Soares, professora de matemática em Carmópolis.
Outros pontos agravam ainda mais a situação. O 13º salário de 2023 foi parcelado em três vezes e as férias dos últimos anos também vem sendo parceladas em até quatro vezes e a prefeitura ainda não pagou as férias do final do ano de 2023 e não há notícias de quando serão pagas.
“A Prefeitura de Carmópolis está tratando direitos trabalhistas como compras, pagando parcelado”, criticou Roberto Silva, presidente do SINTESE. “Isso é um desrespeito à trabalhadora e ao trabalhador e atinge diretamente sua dignidade, pois é com o salário que o trabalhador garante alimentação para sua família, bem como saúde, moradia, entre outros itens básicos de sobrevivência”, comentou.
“E o mais absurdo é deixar o magistério nesta situação e gastar cerca de 600 mil reais todo mês com o time de futebol da cidade. A crítica não é o investimento no esporte, mas o descaso com um direito básico da população que é o acesso a uma educação pública, gratuita e de qualidade”, observou o presidente do SINTESE.
Amanhã, 6 de fevereiro, às 10h30, o SINTESE estará em audiência com o conselheiro Luiz Augusto Carvalho Ribeiro, no TCE-SE. No próximo dia 15 de fevereiro, às 8h, professoras e professores de Carmópolis se reunirão em assembleia-geral local para avaliar o andamento da situação e definir rumos da luta.
Fonte: Sintese
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