O Hospital Universitário, da Universidade Federal de Sergipe e vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (HU-UFS/Ebserh), promoverá, no dia 1º de fevereiro, entre 8h e 12h, triagem em pacientes com suspeita de hanseníase. A programação ainda contará com uma palestra sobre a doença. O objetivo da ação é realizar o diagnóstico de novos casos e promover educação em saúde sobre hanseníase.
Pacientes com suspeita de hanseníase podem comparecer ao ambulatório do Hospital Universitário portando um documento de identificação com foto para uma avaliação (triagem), que será realizada por médicos dermatologistas. Os casos mais simples serão encaminhados à rede básica de saúde, já com o diagnóstico de hanseníase, para acompanhamento e tratamento. Os casos mais graves serão encaminhados ao ambulatório do HU-UFS para a correta condução. A campanha de combate à hanseníase é coordenada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia Regional Sergipe em parceria com a Secretaria de Saúde de Sergipe e o HU-UFS/Ebserh.
As atividades fazem parte do Janeiro Roxo, mês tradicionalmente conhecido por intensificar o debate sobre a hanseníase. Trata-se de um problema de saúde pública com mais de 19 mil casos em todo o Brasil, registrados entre janeiro e novembro de 2023, segundo o painel de monitoramento do Ministério da Saúde. “A doença continua endêmica no nosso país, e ocupamos um lugar de destaque nas estatísticas globais de número de casos, sendo o segundo país do mundo com mais registros. Ela afeta, principalmente, a pele e os nervos periféricos, podendo causar graves incapacidades físicas se não diagnosticada e tratada”, destaca Martha Débora, dermatologista HU-UFS/Ebserh.
Contaminação
A contaminação ocorre por meio de gotículas das mucosas oral e nasal (espirro, tosse) a partir do contato com pessoas que estão com a doença, mas não estão em tratamento, especialmente com as formas multibacilares, ou seja, quando o indivíduo possui múltiplos bacilos.
Especialistas reforçam a importância do diagnóstico precoce, feito a partir da devida atenção aos sintomas mencionados, principalmente porque, em estágios mais avançados da doença, pode haver acometimento nos membros (atrofias) e até cegueira. Além disso, há um fator de pré-disposição genética porque existem pessoas que já entraram em contato com a bactéria e seus organismos foram resistentes a ela, enquanto, em outros indivíduos, isso não acontece e acabam desenvolvendo a doença.
Como identificar e tratar
O profissional de saúde analisa as lesões com técnicas para avaliar a sensibilidade cutânea. Com o diagnóstico, o tratamento é feito gratuitamente pelo SUS, seja por meio das unidades básicas de saúde (UBS) ou encaminhado para os serviços especializados, com medicamentos que combinam três substâncias antimicrobianas (clofazimina, rifampicina e dapsona).
Nos pacientes sem bacilos viáveis (quantidade rara), o tratamento é previsto para seis meses. Para os casos multibacilares, é feito por um ano. É importante mencionar, conforme evidencia a médica Martha Débora, que, uma vez iniciado o tratamento, o paciente não transmite a doença.
Saiba mais: janeiro com ênfase na hanseníase
Além da campanha Janeiro Roxo, o mês reforça a conscientização sobre a doença com as datas do Dia Mundial contra a Hanseníase, celebrado sempre no último domingo de janeiro, e, no calendário de saúde brasileiro, com 31 sendo considerado como Dia Nacional de Combate e Prevenção da Hanseníase (Lei nº 12.135/2009).
SERVIÇO:
VII Campanha de Combate à Hanseníase
Data: 01/02/2024 (quinta-feira)
Horário: 8h às 12h
Local: Ambulatório do Hospital Universitário (HU-UFS/Ebserh)
Programação:
Triagem para diagnóstico de hanseníase com médicos dermatologistas
Palestra educativa sobre a doença
Com informações do HU-UFS
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