Em continuidade às investigações que resultaram na prisão de Breno Vinícius Garção Martins, conhecido como “Breno Hamster”, no Complexo da Maré, no Rio de Janeiro, em março, foi deflagrada a Operação Ratoeira 2, nesta quarta-feira, 20. Como resultado da operação, duas mulheres que possuem vínculos com o investigado foram presas em cumprimento a mandados de prisão por lavagem de dinheiro. Uma terceira foi presa em flagrante. Elas atuavam na organização criminosa que era liderada por Breno “Hamster”.
A operação foi deflagrada pelo Departamento de Narcóticos (Denarc) e contou com o apoio da Divisão de Inteligência (Dipol), 8º Batalhão da Polícia Militar (8º BPM), Laboratório de Combate à Lavagem de Dinheiro, Delegacia de Feira de Santana (BA), Polícia Civil da Bahia e Polícia Militar da Bahia.
De acordo com o diretor do Denarc, Ataíde Alves, a partir das investigações que resultaram na prisão de Breno Vinícius Garção Martins, as duas mulheres foram identificadas. “A partir daí, nós começamos a investigar a questão da lavagem de dinheiro. Descobrimos que aqui em Sergipe havia duas mulheres. Uma é mãe de um filho dele, e a outra é uma ex-namorada do investigado”, explicou.
Ainda conforme Ataíde Alves, a investigação identificou que as contas dessas duas mulheres eram utilizadas por Breno Vinícius Garção Martins para transferências bancárias ilícitas. “E as prisões ocorreram no bairro Farolândia, na Zona Sul de Aracaju, e a outra em Nossa Senhora do Socorro, na Região Metropolitana. A terceira mulher foi presa em Feira de Santana (BA)”, detalhou.
Ataíde Alves informou ainda que, em desdobramento da ação policial que resultou na prisão das duas mulheres por lavagem de dinheiro, o próprio Breno Vinícius Garção Martins teve um mandado de prisão cumprido no presídio onde está cumprindo pena. “Pela lavagem de dinheiro, tráfico e associação para o tráfico. O mandado foi expedido pela justiça sergipana e foi cumprido lá no Rio de Janeiro”, informou o delegado.
Já conforme o delegado Rafael Kaufer, que esteve no Rio de Janeiro à época da prisão de Breno Vinícius Garção Martins, as prisões das duas mulheres configura-se na segunda fase da Operação Ratoeira. “Nessa segunda fase, demos ênfase principalmente à parte financeira dessa organização criminosa liderada por Breno. Essa movimentação girou em torno de R$3,5 milhões em um ano e meio”, relatou.
A partir da identificação dessa movimentação milionária feita pela organização criminosa, o Denarc buscou identificar quem fazia as movimentações financeiras. “Elas têm movimentações financeiras atípicas com os rendimentos declarados por elas, o que levantou suspeitas pelos vínculos e pelas pessoas que tinham recebido esses valores, a exemplo de pessoas com ligação com o tráfico de drogas”, revelou Rafael Kaufer.
As investigações prosseguem para identificar e prender outros envolvidos com a organização criminosa de Breno Vinícius. Informações e denúncias que possam contribuir com o trabalho da polícia podem ser repassadas pela população por meio do Disque-Denúncia, no telefone 181. O sigilo do denunciante é garantido.
Prisão de ‘Breno Hamster’
Breno Vinícius Garção Martins, conhecido como “Breno Matuto” ou “Breno Hamster”, foi preso no Rio de Janeiro após um monitoramento de 15 dias na comunidade da Nova Holanda, no Complexo de Comunidades da Maré, na Zona Oeste da capital fluminense. Ele foi preso em ação conjunta entre o Denarc, Divisão de Inteligência (Dipol) e o Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope/RJ), no dia 23 de março.
Também participaram da troca de informações que resultou na operação que prendeu Breno Vinícius Garção Martins, a Polícia Militar, a Guarda Municipal de Aracaju e a Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE/RJ). Além do cumprimento do mandado de prisão, em 23 de março, também foi registrada a prisão em flagrante dele no âmbito do Rio de Janeiro, já que ele foi detido com drogas, um fuzil calibre 5.56 e uma pistola calibre 9mm.
Fonte SSP
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