O Centro de Apoio ao Surdo, vinculado ao Serviço de Educação Inclusiva (CAS/Seinc), do Departamento de Educação da Secretaria de Estado da Educação e da Cultura (Seduc), completou 17 anos de existência. Desde que foi criado, em 2006, o CAS é responsável por promover, institucionalmente, a formação continuada em Língua Brasileira de Sinais (Libras) dos profissionais da educação e comunidade em geral, além de participar, indiretamente, da comunicação de alunos surdos em sala de aula e eventos por todo o estado.
Considerado um dos setores que mais contrata pessoas com surdez em Sergipe, e que participa ativamente da formação e do acesso ao mercado de trabalho dessa comunidade, o CAS vem ao longo dos anos prestando relevantes serviços que refletem no processo de inclusão do estudante surdo na Rede Estadual de Ensino. É responsável por formar, acompanhar e orientar instrutores, tradutores e intérpretes de Libras, ofertando, ao longo dos anos, mais de 2.884 vagas em cursos de Libras para a comunidade, formação continuada de professores, formação continuada para instrutores e formação continuada de tradutores e intérpretes.
O secretário de Estado da Educação e da Cultura, Zezinho Sobral, destaca a educação inclusiva como uma das prioridades da gestão, por promover o acesso das crianças e adolescentes surdos na faixa etária escolar à educação de qualidade. Ele ressalta o trabalho que vem sendo feito pela equipe da Seduc no sentido da garantia de direitos, da orientação e formação de pessoal em Libras. “São técnicos preparados que não medem esforços em promover a inclusão, tanto na formação de professores e intérpretes no Estado, como também no facilitar da comunicação e aprendizagem com a presença de intérpretes nas salas de recursos. O trabalho interfere positivamente na vida dos sergipanos”, afirmou.
Historicamente, a Seduc antecipou a luta pela comunicação e inclusão da pessoa surda em eventos e reuniões ao disponibilizar intérpretes antes mesmo de promulgada a Lei nº 535, de 2015 (LEI 13.146/2015), que assegura às pessoas surdas o direito ao atendimento por tradutor ou intérprete de Libras e Português nos órgãos e entidades da administração pública, direta e indireta, fundacional e nas empresas concessionárias de serviços públicos.
Compondo a equipe do CAS, o tradutor e intérprete Edicarlos dos Santos Conceição está no CAS desde a sua fundação, em 2006. São 17 anos de aprendizagem, contribuições e experiências compartilhadas com diversos profissionais surdos e ouvintes. “Eu pude me desenvolver profissionalmente e aprimorar a Língua Brasileira de Sinais, tanto na teoria quanto na prática. Participei de várias ações, como os cursos de Libras, eventos no interior de Sergipe e, assim, pude de fato contribuir com a acessibilidade comunicacional para a comunidade surda”, afirma.
O tradutor Matheus Silva lembra as bases legais que inserem os surdos no mercado de trabalho, fala sobre a importância da Seduc no âmbito da contratação de surdos, que perpassa as questões pedagógicas e contribui na sociabilidade e equidade da comunidade surda. “Quando abrimos um edital, vai além da contratação de técnicos para as formações. Ao longo da história, a Seduc sempre antecedeu as lutas ao ser a instituição que disponibiliza o maior acesso ao mercado de trabalho para as pessoas surdas, como servidores públicos para o ensino de Libras, no trabalho do dia a dia. A comunidade surda, que faz parte da estatística de pessoas hipervulneráveis, passa a exercer o papel de protagonista”, disse.
Em Libras, Amilton dos Santos agradeceu por integrar a equipe e disse ter muito orgulho de participar de toda essa trajetória. “Tenho muito a celebrar por todo o mérito adquirido pela equipe de trabalho do CAS. Continuemos fortes no CAS na ruptura de barreiras”, sinalizou.
De acordo com a coordenadora do CAS, Raquel Delgado, os serviços ofertados pelo CAS só são possíveis graças ao trabalho em equipe. Ela cita como de grande relevância o trabalho desenvolvido em equipe por um instrutor surdo, Amilton dos Santos, e por tradutores e intérpretes de Libras, Matheus Silva, Edicarlos Santos e Karine Oliveira. “É um aprendizado constante, e temos contado em nosso dia a dia com instrutores surdos, o que me permite trocar experiências e desenvolver o trabalho com mais efetividade. Temos como objetivo pensar em ações voltadas à promoção da acessibilidade comunicacional, valorizando a inclusão e a construção de uma sociedade mais inclusiva para as pessoas surdas”, destaca.
A diretora do Seinc/DED, Lilian Alves, completa que o CAS, do Serviço de Educação Inclusiva do Departamento de Educação da Seduc, ressalta a ideia de que o serviço é amplamente inclusivo em articular ações e pôr em prática políticas públicas que sejam pedagógicas e sociais. “São 17 anos de protagonismo da pessoa surda. Continuaremos firmes na concepção de uma educação mais equânime”, afirma.
Por Assessoria de Comunicação da SEDUC – ASCOM
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