Uma influenciadora digital foi alvo de medidas judiciais de busca e apreensão após ser identificada como administradora de uma página no Instagram que fazia publicações com ofensas, difamações, injúrias e calúnias em Propriá e Laranjeiras. Ela foi identificada e, mediante autorização judicial, celulares e notebooks da investigada foram apreendidos nesta quinta-feira, 1º. As investigações foram conduzidas pelas Delegacias de Propriá e Laranjeiras e contou com o apoio da Divisão de Inteligência (Dipol).
De acordo com o delegado Marcos Carvalho, as investigações tiveram início quando várias vítimas procuraram a Delegacia Regional de Propriá. “Estas vítimas, elas passaram a relatar que estavam sendo veiculadas, em uma página no Instagram, notícias de cunho difamatório a respeito da integridade, da honra e da vida particular delas. Algumas pessoas também informaram que estavam sendo extorquidas”, revelou.
Com a investigação, a Polícia Civil identificou a influenciadora, que é uma das administradoras da página no Instagram. “Nas investigações, conseguimos o CPF e representamos ao Poder Judiciário pela busca e apreensão. Nesta quinta-feira, cumprimos as buscas e apreendemos celulares e o notebook da investigada. Fizemos a oitiva dela, que resolveu colaborar com as investigações”, acrescentou Marcos Carvalho.
Na apuração policial, de acordo com a delegada Luciana Cunha, também identificou-se que havia vítimas na cidade de Laranjeiras. “Tanto do município de Própria, quanto de Laranjeiras. Ela vinha praticando os crimes de calúnia, difamação, calúnia e injúria através de publicações em redes sociais, onde ocorria uma ampla divulgação. Por conta disso, as penas são triplicadas conforme o Código Penal”, explicou.
Em continuidade à investigação, Marcos Carvalho ressaltou que foram representadas medidas cautelares à Justiça. “Nesse sentido, ela terá que comparecer obrigatoriamente ao fórum e também não poderá mais veicular nessa rede social. Também constatamos que outras pessoas estão envolvidas e passaremos a investigá-las. Ressaltamos que os crimes de extorsão e difamação podem resultar em pena superior a 10 anos”, complementou.
Com os aparelhos apreendidos no cumprimento das decisões judiciais de busca e apreensão, as investigações terão continuidade. “Nós poderemos dar continuidade às investigações, possivelmente identificando outros autores que estejam envolvidos com a prática criminosa. É importante que a população tenha conhecimento de que qualquer ofensa em rede social será apurada com a responsabilização dos autores”, citou Luciana Cunha.
A Polícia Civil solicita que eventuais vítimas de postagens discriminatórias e de conteúdo difamatório feitas pela investigada e pela página no Instagram procurem a delegacia para registrar boletim de ocorrência. Informações e denúncias também podem ser encaminhadas de forma anônima por meio do Disque-Denúncia, no telefone 181. O sigilo do denunciante é garantido.
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