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Corpo de homem encontrado dentro de geladeira no Sergipe é de advogado e jornalista do RS, diz família

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Por Isto é Aracaju

Celso Adão Portella, que teria 80 anos em 2023 — Foto: Arquivo pessoal

O corpo encontrado dentro de uma geladeira de um apartamento em Aracaju, Sergipe, na última quarta-feira (20), é de um advogado e jornalista gaúcho. A família de Celso Adão Portella, que teria hoje 80 anos, aguarda contato da Polícia Civil para ir ao Nordeste do país buscar o corpo e fazer o sepultamento. Ele deixa quatro filhos. A Associação Riograndense de Imprensa (ARI) divulgou uma nota de pesar lamentando a morte de Portella.

O irmão de Celso, Paulo Portella, conta que ele é natural de Ijuí, no Norte do estado, mas construiu a vida em Porto Alegre, tendo se formado em direito e jornalismo.

“Fez toda a vida na Capital. Atuou entre as décadas de 1970 e 1980 nas rádios Farroupilha e Gaúcha. Como advogado, teve um escritório em Porto Alegre. Atualmente, estava aposentado”, lembra Paulo.

Ele diz que Celso deixou o estado em 2001, quando a mãe deles morreu. Ele foi para o Espírito Santo e, depois, os irmãos perderam contato.

“Eu sequer sabia que ele estava em Aracaju. Somos em 12 irmãos, e alguns acabaram se distanciando. Mesmo assim, a notícia foi um choque. Ele sempre foi um irmão muito bom, uma pessoa muito boa”, diz Paulo.

O caso

Uma mulher de 37 anos, técnica de enfermagem, está presa preventivamente desde quinta-feira (21) e é investigada por envolvimento na morte de Celso.

O caso foi descoberto por um oficial de justiça na quarta-feira após o cumprimento de uma ordem de despejo no apartamento onde ela vivia, no bairro Suíssa, em Aracaju. No imóvel, que estava em estado insalubre, residia também a filha dela, uma criança de 4 anos.

A mulher foi detida e ficou sob custódia. O corpo do homem foi encontrado depois, em avançado estado de decomposição, dentro de uma mala que estava em uma geladeira.

A mulher disse, em depoimento à Polícia Civil, que os dois tiveram um relacionamento amoroso. Contou que um dia, em 2016, voltou para casa do trabalho e encontrou o companheiro morto. Por medo, guardou o corpo na geladeira.

Essa mulher é suspeita de ocultação de cadáver e de maus-tratos contra a filha por conta de ter submetido ela a uma situação como essa. A menina foi acolhida pelo Conselho Tutelar. A mulher foi encaminhada para uma avaliação psiquiátrica no Hospital São José, em Aracaju, e, agora, está no Hospital de Custódia.

A causa da morte do companheiro é investigada e deve ser constatada pelo exame que é feito pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP). Se houver indícios de morte por causa violenta, a mulher pode ser responsabilizada.

Nota da ARI

Na semana do dia do radialista, uma notícia choca a imprensa gaúcha e brasileira, com a identificação do corpo do jornalista e radialista, Celso Adão Portella. O seu corpo foi localizado na quarta-feira (20), em um apartamento localizado no Bairro Suíssa, em Aracaju, no Sergipe. A descoberta foi feita por um oficial de justiça, e por um homem contratado para fazer a retirada dos móveis do local, durante o cumprimento de uma ordem de despejo.

A Associação Riograndense de Imprensa (ARI), lamenta com profundo pesar esse fato, que toma características macabras, uma vez que Portella estaria morto desde 2016. A direção e Conselho Deliberativo da ARI se solidarizam com os familiares de Portella, ao mesmo tempo que pede celeridade na investigação, e a pronta responsabilização dos responsáveis pelos crimes”.

Por João Pedro Lamas, g1 RS

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