A diarreia infantil pode parecer algo inofensivo, mas é uma das principais causas de morte em crianças abaixo de cinco anos. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a diarreia aguda provoca mais de mil mortes por dia em todo o mundo.
Dados do Ministério da Saúde (MS) mostram que, somente em 2018, foram contabilizadas quase 80 mil internações no Brasil. A principal causa de diarreia aguda em crianças é a gastrenterite, que na maioria das vezes é causada por agentes infecciosos como vírus, bactérias, parasitas e fungos.
Um estudo realizado pela Fundação Oswaldo Cruz revelou que o Norte e Nordeste são as regiões com as maiores taxas de mortalidade por diarreia aguda. A doença é caracterizada pela perda excessiva de água e minerais através das fezes, resultando em aumento do volume e frequência das evacuações e diminuição da consistência das fezes, com duração de até 14 dias.
A médica infectologista Bruna Prenazzi, que atua no Hospital da Criança Dr. José Machado de Souza, ressalta que o principal risco da diarreia aguda é a desidratação. Ela orienta que pais e responsáveis devem estar atentos a alguns sinais de alerta para evitar que isso aconteça. “Se houver sangue nas fezes, se a criança ficar sonolenta, não quiser brincar, não quiser comer, diminuir de forma significativa a quantidade de xixi, tiver vômito escurecido, reclamar de dor abdominal ou ficar com a barriguinha distendida, ficar pálida ou apresentar pintinhas vermelhas no corpo, reclamar de muita sede e apresentar febre (temperatura na axila maior que 37,5 graus), deve ser levada imediatamente para avaliação médica”, explica Bruna.
De acordo com a infectologista, a vacinação e cuidados com a higiene e alimentação são fundamentais para prevenção da diarreia aguda. “Primeiramente, o aleitamento materno exclusivo durante os seis primeiros meses de vida. Outra prevenção importantíssima é a vacinação para rotavírus. Além disso, fazer uso de água filtrada ou fervida, higienizar corretamente os alimentos, lavagem das mãos de quem prepara os alimentos e da própria criança quando for comer”, orienta.
Fonte: SES
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