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Bebê de quatro meses morre após espera de seis dias por vaga na UTI, família alega negligência

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Por Isto é Aracaju

Criança que morreu  por falta de uma vaga na UTI
Foto: A8se

Na madrugada de terça-feira, dia 23, ocorreu o falecimento de Fernanda Eloah, uma bebê de quatro meses, que aguardava uma vaga na UTI por seis dias. Ela havia sido internada no Hospital Fernando Franco, em Aracaju, no dia 17.

Devido à síndrome de Down e à cardiopatia da criança, a equipe médica solicitou a transferência de Fernanda para uma unidade de alta complexidade, a fim de receber os cuidados necessários. Ela foi hospitalizada inicialmente com sintomas gripais, que se agravaram posteriormente. A mãe, Alessandra Almeida, relatou que a bebê desenvolveu pneumonia e contraiu um surto de vírus. Apesar dos esforços do Hospital Fernando Franco, ela acabou sendo entubada e não resistiu durante a madrugada. Alessandra mencionou que o hospital fez tudo o que podia, mas não possuía o suporte necessário.

O sepultamento ocorreu no mesmo dia, às 14h30. Alessandra pretende entrar com uma ação judicial por negligência, alegando que os médicos fizeram o máximo possível, mas não dispunham dos recursos necessários.

Em nota, a Secretaria Municipal da Saúde de Aracaju (SMS) informou que a rede municipal é responsável pelo atendimento de média e baixa complexidade, enquanto a assistência de alta complexidade é de responsabilidade da Secretaria de Estado, de acordo com uma portaria do Ministério da Saúde.

Segundo a SMS, foram realizados 3.482 atendimentos este ano, sendo que 258 deles necessitaram de internamento. Das 35 solicitações de UTI pediátrica, apenas quatro transferências foram realizadas, enquanto 20 foram canceladas devido à melhora clínica, sete foram canceladas por transferências para a ala vermelha do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse) e quatro foram canceladas devido a óbitos. Portanto, somente cerca de 11,4% das solicitações foram atendidas.

Procuramos a Secretaria de Estado da Saúde (SES), que, por meio de sua assessoria de imprensa, explicou que a criança estava internada em um leito de estabilização com suporte qualificado, como ventilação, por exemplo. Devido ao grande número de casos de síndromes gripais graves e bronquiolites, a Central de Regulação de Leitos tem fornecido suporte para o atendimento de crianças graves de todas as unidades de saúde do estado que não possuem leitos adequados para pacientes em estado grave.

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