Celebrado em 22 de março, o Dia Mundial da Água convidou a população a ser a mudança que cada um deseja ver no planeta. Essa transformação diária começa com a adoção de hábitos sustentáveis e o primeiro passo pode ser dado dentro de casa, com o uso racional da água e o descarte adequado dos resíduos.
Instituído em 1992 pela Organização das Nações Unidas (ONU), o Dia Mundial da Água visa conscientizar a sociedade sobre a importância da preservação deste recurso natural vital para o homem e inspirar ações de enfrentamento à crise global de água e saneamento. Afinal, mais de 2 bilhões de pessoas não têm acesso à água potável em casa e 4,5 bilhões não dispõem de saneamento básico no mundo, de acordo com a ONU.
Estima-se também que cada pessoa necessite de 40 litros de água para suas atividades diárias, como bebê-la, cozinhar, tomar banho. E apesar de cerca de 70% da superfície da Terra ser coberto por água, apenas 0,03% deste recurso natural está em lagos, rios e outras fontes disponíveis para as necessidades do homem. Além disso, boa parte das fontes hídricas sofrem com a poluição.
Resíduos domésticos e industriais, esgotos sem tratamento e fertilizantes poluem, diariamente, rios e oceanos, cujas águas estão cada vez mais “plastificadas”. Em consequência disto, a Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta que mais de 80% das doenças no planeta são provenientes da ingestão de água contaminada e essas enfermidades matam, anualmente, 3,5 milhões de pessoas – índice superior às mortes por formas de violência, incluindo as guerras.
A engenheira florestal e tecnóloga em saneamento ambiental, Vivianne Andrade, explica que cada cidadão pode contribuir com a redução da poluição das águas e do meio ambiente adotando medidas simples no dia a dia. “Não jogar resíduos na rua, pela janela do carro, do ônibus, e realizar a coleta seletiva em casa são atitudes simples e fundamentais para o planeta”, destaca.
A profissional ensina que, para realizar o descarte correto dos resíduos, basta ter dois recipientes em casa: um para os materiais orgânicos, molhados e sujos e outro para recicláveis (latas e metais, garrafas e vidros, embalagens de papel e papéis usados mas limpos, plásticos). “É importante higienizar as embalagens, como por exemplo, potes de iogurte, manteiga, latas e garrafas de refrigerante, antes de armazená-las para o descarte. Isso evita o mau cheiro e a presença de insetos, baratas e animais peçonhentos”, explica.
O óleo usado no preparo de alimentos também merece um cuidado especial. Quando descartado de forma inadequada, como despejado na pia, ralos, vaso sanitário ou terrenos, o material polui rios, mares, solo e facilita a ocorrência de enchentes. Apenas 1 litro de óleo basta para contaminar até 20 mil litros de água, mas a boa notícia é que este resíduo é reciclável e pode ser transformado em sabão e biodiesel, por exemplo. “Tenha uma garrafa pet ou pote com tampa, de preferência que não seja de vidro, em casa para armazenar o óleo usado em frituras. É importante que o recipiente esteja sempre bem fechado para evitar vazamento. Quando estiver cheio, entregue-o a empresas credenciadas ou deposite-o em caixas coletoras apropriadas para o recebimento de óleo”, ensina Vivianne Andrade.
Pilhas, baterias, canetas, aparelhos eletrônicos, embalagens e medicamentos vencidos também não devem ser descartados no lixo comum e, muito menos, deixados em terrenos ou ruas. A engenheira florestal atua na coordenação de Sustentabilidade dos shoppings do Grupo JCPM em Aracaju e informa que os dois centros comerciais disponibilizam ecopontos para a população descartar adequadamente seus resíduos recicláveis durante todo o ano.
Somente em 2022 foram coletados 366,5 toneladas de papel e papelão; 28,7 toneladas de plástico; 25 toneladas de vidro; 16,3 toneladas de metais; 20.203 litros de óleo usado e 1.768 quilos de eletrônicos. Isso significa que 8.063 árvores foram preservadas; 35.915 m³ de água foram economizados; 928.533 mW de energia deixaram de ser consumidos; 404 milhões de litros de água não foram poluídos por óleo e 6.914 litros de petróleo deixaram de ser utilizados.
Além de contribuir com a preservação do meio ambiente, a iniciativa realizada em parceria com a Cooperativa dos Agentes Autônomos de Reciclagem de Aracaju (Care) beneficia mais de 60 famílias que vivem no bairro Santa Maria. Em 2016, o projeto ‘Descarte Solidário’ realizado no Shopping Jardins foi reconhecido pela Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) como a melhor iniciativa de Sustentabilidade dos shoppings do Brasil, conquistando o Prêmio Nilton Rique.
Confira o que pode ser descartados nos shoppings Jardins e RioMar Aracaju e onde estão os pontos de coleta:
Ecoponto Estacionamento F (próximo ao GBarbosa) – óleo de cozinha usado, metais, plásticos, papéis, pilhas e baterias;
Ecoponto Portaria G2 – jornais, revistas, pilhas, baterias e eletrônicos de pequeno porte;
Ao lado da Livraria Escariz – papéis (jornais, revistas, cadernos, agendas etc);
Livraria Escariz – projeto em parceria com o IJCPM disponibiliza caixa coletora de lápis grafite, lápis de cor, lapiseiras, canetas, canetinhas, borrachas, apontadores, marca textos, marcadores permanentes, marcadores para quadro branco e suas respectivas embalagens;
Praças de Alimentação Jardins e Arcos – lacres de latinhas de alumínio. O projeto Lacre do Bem transforma o material em recursos financeiros para a compra e doação de cadeiras de rodas;
Drogasil – medicamentos vencidos ou sem uso, embalagens e bulas;
O Boticário – além de disponibilizar coletor para o depósito de embalagens vazias de cosméticos, a empresa conta com o projeto ‘Botica Recicla’. Levando 3 ou mais embalagens vazias de qualquer marca, o cliente ganha R$15 de desconto nas compras acima de R$150.
Natura – a loja disponibiliza urna para descarte de embalagens da marca.
C&A – próximo aos caixas de pagamento há urna para o descarte de roupas usadas. As que estiverem em bom estado são doadas a instituições. As demais são recicladas.
Riachuelo – a empresa desenvolve o projeto ‘Moda que Transforma’ e disponibiliza urna para descarte de roupas. A ação é uma parceria da Riachuelo + Liga Solidária.
Ecoponto GBarbosa – óleo de cozinha usado, metais, plásticos, papéis, pilhas e baterias;
Ecoponto Portaria D (em frente à Casa Alemã) – jornais, revistas, pilhas, baterias e resíduos eletrônicos;
Praças de Alimentação Rio e Mar – lacres de latinhas de alumínio. O projeto Lacre do Bem transforma o material em recursos financeiros para a compra e doação de cadeiras de rodas;
Drogasil – medicamentos vencidos ou sem uso, embalagens e bulas;
O Boticário – além de disponibilizar coletor para o depósito de embalagens vazias de cosméticos, a empresa conta com o projeto ‘Botica Recicla’. Levando 3 ou mais embalagens vazias de qualquer marca, o cliente ganha R$15 de desconto nas compras acima de R$150.
C&A – próximo aos caixas de pagamento há urna para o descarte de roupas usadas. As que estiverem em bom estado são doadas a instituições. As demais são recicladas.
Riachuelo – através do projeto ‘Moda que Transforma’, próximo à ilha de perfume e make, a loja disponibiliza urna para descarte de roupas. A ação é uma parceria da Riachuelo + Liga Solidária.
Natura – a loja disponibiliza urna para descarte de embalagens da marca.
O material depositado nos ecopontos e caixas coletoras dos malls, assim como todo resíduo produzido nos empreendimentos, incluindo administrações, lojas, restaurantes e praças de alimentação, é encaminhado à Estação de Reciclagem do respectivo shopping. A CARE seleciona os materiais passíveis de reciclagem e destina adequadamente os demais componentes. Pilhas e baterias são encaminhadas à EcoTi e o óleo de cozinha à Recigraxe, empresas locais devidamente licenciadas.
Fonte: JCPM
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