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‘Câmara de gás’ da PRF que matou Genivaldo causa comoção no país

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Por Isto é Aracaju

“Foi tortura seguida de assassinato bárbaro, desumano e cruel. Perder a farda, ser exonerado do cargo é o mínimo que deve acontecer contra estes monstros que acabaram com a vida de uma pessoa que não apresentava nenhuma periculosidade; é preciso que estes agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) sejam presos e punidos no mais alto rigor da Lei. ‘Câmara de gás’ em pleno século XXI, que faz a gente lembrar da história escrita de forma cruel por Adolf Hitler”. Esse foi o relato emocionado apresentado no início da manhã de ontem pelo professor Ronaldo da Silva, amigo de Genivaldo de Jesus Santos, de 38 anos, morto durante ação policial realizada na última quarta-feira (25), na cidade sergipana de Umbaúba.


Em protesto contra a intervenção protagonizada por três agentes da PRF, com atuação no estado de Sergipe, centenas de moradores – com apoio de movimentos sociais e grupos de estudantes -, decidiram ocupar parte da rodovia BR-101, nas imediações da entrada principal de Umbaúba, e dar início a uma série de protestos. A via expressa ficou bloqueada por mais de cinco horas em ambos os sentidos; barreiras de fogo começaram a ser montadas ainda no final da madrugada de ontem.


Por meio de nota pública a Polícia Rodoviária Federal informou que Genivaldo de Jesus apresentou resistência às ordens dos agentes, e, por este motivo, foi preciso ‘empregar técnicas de imobilização e instrumentos de menor potencial ofensivo para sua contenção’. Sem se estender quanto a atuação dos agentes, bem como sobre possíveis assistências ofertadas à família da vítima fatal, a corporação revelou apenas que optou por abrir um procedimento disciplinar para averiguar a conduta dos policiais envolvidos na abordagem.

Após o compartilhamento destas informações, nada mais foi dito ou explorado pela PRF. Na tarde de ontem o Isto é Aracaju foi informado que a orientação central do órgão é não comentar investigação em andamento.

Investigações — Por meio de nota pública, compartilhada no final da tarde de ontem junto aos veículos oficiais de imprensa, o Ministério Público Federal (MPF) informou que abriu procedimento para acompanhar as investigações. Diante dos fatos, o MPF instaurou procedimento para acompanhar as investigações.
Inicialmente, requisitou informações à Delegacia de Polícia Civil de Umbaúba. Solicitou à Polícia Federal que instaure inquérito ou informe o número do inquérito que tenha sido instaurado para apurar os fatos. E também solicitou à Polícia Rodoviária Federal informações sobre processo administrativo instaurado para fins de apuração da abordagem policial. O prazo para os órgãos enviarem resposta ao MPF é de 48 horas.
Também por meio de nota a Ordem dos Advogados do Brasil informou que expediu ofício nº457/2022, direcionado ao superintendente da Polícia Rodoviária Federal em Sergipe, Jason Gomes Terêncio, sugerindo o afastamento imediato dos policiais rodoviários envolvidos. No ofício, a Ordem “solicita em caráter de urgência uma reunião no sentido de envidar esforços para elucidar os graves fatos ocorridos.”
O comunicado é finalizado indicando que essa postura adotada pela OAB busca também ter acesso às: “informações para, em caso positivo, fornecer dados para o acompanhamento do feito, ou mesmo a nomeação de representante desta casa para compor um comitê de apuração que seja imparcial e célere.” As superintendências das polícias federais, e Rodoviária Federal, informaram  que não irão revelar a identidade dos três agentes envolvidos na ocorrência.

Fonte: jornaldodiase

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