Professores estaduais estão realizando um ato desde a manhã desta quarta-feira (22), na Praça Fausto Cardoso, Região Central de Aracaju, em frente à Assembleia Legislativa de Sergipe.
A categoria está com as atividades paralisadas até quinta-feira (24) para pressionar os deputados estaduais sobre pautas relacionadas à educação, entre elas o vencimento básico do magistério.
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica de Sergipe (Sintese) defende o pagamento do piso de 33,24% para ativos e aposentados.
Os professores são contra as medidas propostas pelo governo do estado para o magistério. De acordo com o presidente da Central Única dos Trabalhadores em Sergipe (CUT-SE), professor Roberto Silva, o governo deveria reajustar o piso em 33,24%, valor que é definido anualmente com base nas receitas do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).
Se este reajuste fosse concedido, o piso dos professores da rede estadual em Sergipe sairia de R$ 2.886 para R$ 3.845, mas de acordo com o presidente da CUT-SE, o projeto encaminhado pelo governo à Alese prevê um reajuste de 10% em cima do piso atual.
Além disso, os professores criticam a proposta de retirada do valor pago pela regência de classe, que é creditado para professores que atuam em sala de aula. O valor é de 40% em cima do salário do professor, mas o projeto encaminhado à Alese propõe a incorporação ao salário. Propõe também que a gratificação paga aos professores que atuam em tempo integral seja congelada no valor de R$ 2.800. Hoje a gratificação é de 100% em cima do salário do professor.
“É uma grande maldade o que o governo está querendo fazer. Todas essas medidas fazem o magistério sofrer prejuízos. O estado tem recursos para pagar aos professores”, afirmou Roberto Silva, presidente da CUT-SE.
O trânsito de veículos na Avenida Ivo do Prado, sentido Norte e Sul, e na área da Praça Fausto Cardoso, está bloqueado. Os condutores que trafegam pela avenida, sentido praias, estão sendo desviados para a travessa Benjamin Constant, próximo ao Espaço Zé Peixe. Já os veículos que estão na avenida, no sentido Centro, estão acessando a rua Campos.
Dezenas de policiais estão fazendo a segurança na porta da Alese. Professores lamentaram a situação.
“Hoje nós somos recebidos por esse aparato policial. Não somos marginais, somos trabalhadores. Vamos continuar aqui para defender os direitos do magistério e planos de carreira”, disse a presidente do Sintese, Ivonete Cruz.
A Alese informou que órgão também segue com restrições de acesso por causa da pandemia do novo coronavírus. E que, comumente, em dias de votações de apelo popular, a Polícia Militar é comunicada para fornecer reforço na segurança patrimonial, mas diante de detecções de invasão, mandou uma força policial em maior quantidade.
O governo do estado, até a última atualização desta reportagem, não havia se pronunciado sobre o assunto.
Outras pautas
Nesta terça-feira, 22 assuntos estão em pauta. Entre eles a revogação da lei 8.723, que obriga o uso de máscaras no estado, proposta pelo governo. A lei foi sancionada no dia 7 de agosto de 2020, e prevê multa para quem descumprir a determinação.
Outras pautas são relativas a reajustes na remuneração de servidores e empregados públicos, da Polícia Civil, e a continuidade do pagamento do benefício assistência concedido através do Cartão Mais Inclusão durante a pandemia do coronavírus.
Fonte g1 SE
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