O anúncio do governo de Sergipe de que enviaria um Projeto de Lei para Assembleia Legislativa relativo à suspensão da obrigatoriedade do uso de máscaras dividiu a opinião da população.
“Em espaços abertos sim. Para espaços fechados eu sou a favor da manutenção”, disse o funcionário público, Helman Azevedo. O mesmo pensamento foi compartilhado pela locutora, Tatiane Santos Nery. “Eu acho que para espaço aberto já dá, porque em outros lugares já não se utiliza mais”.
Ao contrário, outras pessoas não acreditam que seja o momento para deixar o uso da máscara facultativo. “Na minha opinião, não podemos abandonar a máscara, de jeito nenhum”, comentou o pescador, Romilson Barreto.
A opinou do vendedor, José Lima, é a mesma: “eu acho que ainda não está na hora. Tem muita gente doente que pode transmitir para outras pessoas”.
Para a secretária de saúde de Aracaju, Waneska Barbosa, também ainda não é momento de relaxamento. “Estamos acabando de sair de uma terceira onda. A situação no mundo ainda não é estável, tem países com uma grande quantidade de pessoas vacinadas, enquanto outros não tem. No próprio Brasil, nós percebemos essa diferença de vacinação. Então, neste momento, ainda é necessário que as pessoas continuem tendo cuidado, principalmente, em relação ao uso da máscara, que é uma grande ferramenta para evitar a contaminação entre as pessoas. É imprescindível que as pessoas entendam que a vacinação é a melhor ferramenta para que a gente consiga vencer a pandemia”, explicou.
Segundo a infectologista, Mariela Cometki Assis, há a necessidade de uma análise de várias vertentes. “A porcentagem de pessoas com cobertura vacinal completa e incompleta é um dos braços da análise. Hoje Sergipe conta com 86% de pessoas que tomaram a primeira dose e quase 72% que tomaram a segunda. Estamos muito perto da porcentagem que outros estados utilizaram como critério para a suspensão. Mas não é só esse aspecto que deve ser analisado”.
Ainda de acordo com ela, independente da aprovação ou não do projeto, medidas de bom senso, principalmente, em locais fechados onde tem pouca ventilação, devem ser sempre priorizadas, e a máscara é um bloqueio que protege quem usa e o próximo. Além de ajudar a evitar outras doenças, a a exemplo da gripe.
O governo informou que as novas regras sobre o uso ou não da barreira de proteção serão discutidas posteriormente pelo Comitê Técnico-Científico e de Atividades Especiais, que analisa o cenário epidemiológico no estado.
A lei 8.723, que obriga o uso das máscaras, foi sancionada no dia 7 de agosto de 2020, e prevê multa para quem descumprir a determinação.
A exceção é para crianças menores de três anos e pessoas com transtorno do espectro autista, com deficiência intelectual, sensorial ou qualquer outra deficiência que dificulte o uso adequado do equipamento, conforme declaração médica.
Medidas de restrição atuais
- Podem acontecer eventos para 2 mil pessoas em ambientes externos;
- Podem acontecer eventos para mil pessoas em ambientes internos;
- Estes eventos ficam permitidos apenas para municípios que tiverem atingido a vacinação completa de pelo menos 75% da população;
- Em eventos internos para mais de 400 pessoas e externos para mais de 600 pessoas, o acesso só deve ser permitido a quem estiver com, pelo menos duas, doses da vacina ou dose única ou o teste negativo para Covid-19, feito em no mínimo 48 horas.
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