A equipe médica responsável pelo tratamento da cantora Paulinha Abelha confirmou, na tarde desta terça-feira (22), durante entrevista coletiva, a existência de uma lesão cerebral severa e descartou uma infecção por bactéria.
Eles reafirmaram a gravidade do quadro clínico, mas negaram a morte encefálica da artista, que está na UTI do Hospital Primavera, em Aracaju. De acordo com a equipe, ela foi submetida a vários exames que descartaram essa possibilidade.
Ainda de acordo com os médicos, o coma da cantora está na escala Glasgow 3, de resposta sensorial; para se ter ideia da gravidade, pessoas saudáveis têm nível 15.
A investigação continua para identificar as razões do coma profundo e também a encefalopatia severa, que resultou em uma lesão cerebral.
“A cantora apresenta um quadro tóxico metabólico, com dano renal, hepático e cerebral. O tratamento vem sendo dado no sentido de regredir esse quadro”, declararam os médicos na entrevista.
Participaram da coletiva o diretor técnico do hospital, Eduardo Leite; o neurologista Marcos Aurélio Alves e o médico intensivista André Luís Veiga.
A equipe médica também falou sobre a eventual influência dos tratamentos estéticos aos quais a cantora foi submetida. Segundo eles, ainda não há comprovação de que os produtos ou procedimentos realizados possam ter provocado o comprometimento dos rins.
Os especialistas apontaram que existe alguma substância que está circulando no corpo da paciente e que está gerando uma cascata de inflamação, mas ela ainda é desconhecida, e consequentemente, também sua origem.
Os médicos confirmaram que o uso abusivo de algumas substâncias pode levar a uma lesão renal, mas descartaram a existência de uma lesão prévia na cantora. De acordo com a equipe, existem exames em andamento para investigar as possibilidades.
“Não tem nenhum exame que comprove que ela tinha alguma lesão renal, nos exames não aparece nenhuma lesão crônica. O uso de determinadas substâncias pode causar problemas renais, mas isso não aparece aqui. Paula, quando fez tratamentos, foi de forma supervisionada”, disseram os médicos.
A encefalopatia é uma complicação das doenças hepáticas que pode desencadear a perturbação da função cerebral, mobilidade reduzida e até mesmo o coma hepático.
Veja a íntegra da coletiva:
Por F5 News
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