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Pode beber cerveja ou álcool após tomar vacina? Entenda

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Por Isto é Aracaju

Afinal, pode beber depois de tomar dose de vacina contra covid? – Foto: Pixabay

Chegou a sua vez na fila da vacina contra a covid-19, a foto da carteira de vacinação já foi postada e ninguém pode negar que este é um evento que merece ser celebrado com um brinde à sua saúde.

Com muitas pessoas recebendo o reforço dos imunizantes contra a covid, tem surgido a dúvida; posso beber depois de tomar a segunda dose da vacina?

Se você já tomou ao menos uma dose, ou acompanhou alguma pessoa que se imunizou, já deve ter ouvido de alguém, profissional ou não, que não pode tomar bebida alcóolica depois de se imunizar. No entanto, isso já dividiu especialistas.

Posso beber depois de tomar a segunda dose da vacina?

Sim, pode beber depois de tomar a segunda dose da vacina contra a covid. A diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Mônica Levi, defende que isso é um mito. Aliás, essa fala é feita por muita gente, inclusive alguns profissionais que têm vacinado os brasileiros.

A entidade que ela ocupa cargo importante, inclusive, é uma das que auxilia até mesmo o Ministério da Saúde para definir o Plano Nacional de Imunizações (PNI).

Dessa forma, segundo Levi, muitos acreditam que o imunizante não vai funcionar direito se beber depois. Além disso, há quem diga que isso vai fazer uma reação alérgica ainda maior. Assim, veja abaixo tudo o que se já sabe sobre o tema.

Beber depois da vacina perde a eficácia?

De acordo com a bula de cada uma das 4 patentes de vacina usadas no país, não há qualquer relação entre a eficácia da vacina e a bebida alcoólica. Beber álcool depois de se vacinar não reduz a proteção que a vacina dá.

Os próprios estudos que analisaram a eficácia delas, nem mesmo consideraram se os voluntários tinham, ou não, bebido antes. Ou seja, não há nada que ligue a perda de imunidade com o uso do álcool.

Portanto, é importante frisar que bebidas não são contraindicadas. Isso em relação a todas as vacinas. Sejam elas Coronavac/Sinovac, feitas pelo Instituto Butantan; pelas da AstraZeneca, feitas entre parceria da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) com a Universidade de Oxford; pela Janssen, feita pela farmacêutica Johnson & Johnson; nem mesmo pela Pfizer, do laboratório BioNTech.

A própria Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), órgão que é responsável por avaliar e liberar os fármacos no Brasil, não emitiu nem uma recomendação sobre isso. Nem mesmo o Ministério da Saúde informa algo desse tipo.

Conforme a Sociedade Brasileira de Imunização, uma redução na defesa só poderia ser cogitada se uma pessoa com doença hepática fizesse um consumo tão grande, quase impossível, de álcool. De qualquer forma, o órgão também não tem nenhuma contraindicação para beber depois de tomar a vacina.

Aliás, alguns especialistas entendem que as pessoas que gostam de se alcoolizar fora de casa estão muito suscetíveis a contrair o coronavírus e desenvolver um quadro grave. Portanto, é importante se vacinar o quanto antes.

“Não há evidência de que o consumo de álcool interfira na eficácia das vacinas covid”, diz a Fiocruz, cujo pesquisador, Julio Croda, também confirma que não há nenhum tipo de redução na eficácia de imunidade.

Reações normais da vacina

Analisando todas as bulas que existem, cada remédio ou vacina vai ter algum tipo de reação que já estava prevista de acontecer, com alguma chance. Em alguns casos, são possibilidades tão pequenas que é praticamente impossível saber se isso já aconteceu. No entanto, tudo isso é documentado de forma a dar transparência ao processo para os pacientes.

Portanto, de acordo com a bula da Pfizer, esse imunizante costuma dar algumas reações adversas como dor no braço, além de um inchaço. Além disso, pode acontecer também cansaço na pessoa, assim como dor de cabeça, diarreia, dor nos músculos ou articulações. Por fim, estão entre os efeitos relatados calafrios e febre.

Além disso, conforme a bula fornecida pelo Instituto Butantan, em relação à vacina Coronavac, essa patente tem algumas reações adversas que são consideradas comuns, assim como as de outros tipos de vacinas contra a covid. São elas, conforme o documento, dor no local da aplicação, dor de cabeça ou mesmo cansaço.

Conforme a bula das vacinas da AstraZeneca, a aplicação da dose pode gerar sensibilidade, além de dor no local da injeção, assim como coceira ou hematoma. Além disso, o paciente pode ter sensação de calor, dor, indisposição, cansaço, calafrios, febre, dor de cabeça, enjoo, dor muscular ou dor nas articulações.

Por fim, de acordo com o que é estipulado na bula da Janssen (que é um imunizante aplicado em dose única, não necessitando de duas doses, assim como as outras) as reações mais comuns são dor no local onde a injeção foi aplicada, dor de cabeça, fadiga, dor muscular, náusea e febre.

Cuidados com a vacina contra a covid

Vale lembrar que tanto a Pfizer quanto a Coronavac podem ser aplicadas em mulheres grávidas. Essas duas patentes receberam permissão da Anvisa para esses grupos, depois de feitos testes clínicos comprovando a segurança das mesmas. Além disso, adolescentes e crianças, de 12 a 17 anos, também podem receber apenas a Pfizer.

Segundo a Pebmed, estudos indicam que as vacinas proporcionam mais imunidade do que a infecção direta pelo vírus. Além disso, há pesquisas que sugerem que os fetos das gestantes adquirem uma certa imunidade com a placenta e com o leite materno.

As vacinas não tornam ninguém 100% imune a nada, e por isso, mortes depois da vacinação podem acontecer naturalmente. Dessa forma, é importante manter os cuidados básicos de prevenção da covid, e das demais doenças. No Brasil, até o momento, não há nenhum óbito confirmado pelo governo federal como sendo ocasionado pela vacina. por Jornal DCI

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