Em assembleia virtual realizada nesta quinta-feira, 19, promovida pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Sergipe (Sintese), os professores decidiram pela suspensão da greve a manutenção da luta em defesa da vida. A decisão envolve docentes das 74 redes municipais (com exceção de Aracaju, onde os profissionais são filiados ao Sindipema) e estadual.
De acordo com o Sintese, a suspensão da greve não significa que haverá retorno imediato das aulas presenciais. A orientação do Sindicato é para os professores se mobilizem nas escolas e avaliem se a unidade de ensino tem efetivamente as condições para o retorno imediato presencial. Somente a partir disso, é que os professores deverão construir um calendário de retorno.
Segundo o Sintese, a decisão segue a portaria nº3324, de 13 de agosto, que em seu artigo 6º estabelece que “A Unidade de Ensino que não tiver condições para retornar com suas atividades presenciais na data prevista nesta Portaria, seja por circunstâncias estruturais, reformas ou qualquer outro motivo, deverá enviar justificativa a sua Diretoria de Educação indicando a previsão para o retorno presencial”.
“Suspendemos a greve pela vida, mas isso não significa o fim da nossa luta para que as escolas tenham as condições sanitárias, pedagógicas e se garanta a imunização dos trabalhadores da Educação. O espaço de luta agora é no chão da escola”, afirmou a presidenta do Sintese, Ivonete Cruz.
O Sintese destacou que as escolas estaduais e municipais, em sua maioria, não estavam e não estão preparadas para as aulas presenciais, seja na parte física ou no que diz respeito a pessoal para cumprir os protocolos. E destacou que a prova disso é que o governo de Sergipe fará processo seletivo para a contratação de merendeiras, vigilantes e executores de serviços básicos.
“A falta de pessoal é gritante em diversas escolas, muitas têm somente um servidor para fazer a limpeza, um para a portaria e um para servir a alimentação escolar em cada turno. Dessa forma, não há como se cumprir os protocolos para garantir o mínimo de segurança contra a transmissão da Covid-19”, afirma o vice-presidente do Sintese, Roberto Silva dos Santos.
A greve
A greve deflagrada pelo professores da rede pública iniciou em maio deste ano e exigia condições necessárias para o retorno das aulas presenciais, inclusive a antecipação da segunda dose da vacina contra a covid-19 da comunidade escolar.
Apesar de o governo ter determinado para 17 de agosto a data de retorno das aulas presenciais, a categoria deflagrou a “Greve em defesa da vida” e decidiu manter as atividades remotas. No entanto, após ação do governo de Sergipe, o desembargador Osório Araújo Ramos Filho, determinou a suspensão da greve e a retomada das atividades presenciais sob pena de multa de R$ 40 mil/dia em caso de descumprimento.
O Governo
A Superintendência de Comunicação do Governo do Estado garantiu que todas as escolas possuem condições sanitárias adequadas e destacou que todas elas dispõem também de recursos em suas contas para, caso seja necessário, contratar empresas com a finalidade de realizar a desinfecção do ambiente escolar.
Somando-se a isso, segundo Superintendência de Comunicação, está em andamento um Processo Seletivo Simplificado para contratação temporária de servidores administrativos que trabalharão conforme surgir necessidade em cada escola.
Recentemente, a Seduc destacou que a volta às aulas teria o formato híbrido. E citou que a retomada das aulas presenciais era necessária e urgente e se daria com segurança, preservando a vida e a saúde de todos da comunidade escolar.
Por Luana Maria e Verlane Estácio com informações do Sintese
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