Investigação mostrou que a vítima tinha envolvimento com o tráfico de drogas e foi morta para não deletar membros da associação criminosa
O Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri) da Polícia Civil, com o apoio da Divisão de Inteligência (Dipol), concluiu as investigações que apuravam a morte de uma mulher identificada como Urânia Guimarães Oliveira. Ela desapareceu do município de São Cristóvão, onde residia, em fevereiro deste ano, e seu corpo foi encontrado cerca de dois meses depois enterrado numa área de praia do município da Barra dos Coqueiros. A investigação constatou que o crime não tem relação com uma suposta denúncia de maus-tratos.
Foram indiciados pelos crimes de homicídio e associação criminosa Iago Santos Oliveira, Igor José dos Santos Santana, Robson Chagas Ramos e Luiz Gustavo Oliveira da Silveira. Luis Gustavo e Iago Santos participaram do crime como articuladores e Igor José e Robson como os executores da morte de Urânia. A mulher que havia sido presa, Adriane, não foi indiciada pois a Polícia Civil ainda aguarda provas técnicas no âmbito do procedimento investigativo.
As investigações contaram com o apoio do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core) e do Corpo de Bombeiros, que atuou no resgate do corpo.
De acordo com a delegada Thereza Simony, o relatório final apresentou uma reviravolta, pois a alegação de que a morte da Urânia foi provocada por uma denúncia feita pela vítima não se comprovou. Durante as investigações, a Polícia Civil recebeu um Disque-Denúncia, sendo que um deles indicava que Adriane Ribeiro Cardoso, conhecida como Ane, era a mandante do assassinato de Urânia e de que Ane teria um relacionamento com o traficante Iago, que está preso no Presídio de São Cristóvão.
Essa mesma denúncia apontou que Urânia também era envolvida com o tráfico de drogas e com a associação criminosa de Iago Santos Oliveira. Durante a investigação foi comprovado que a Urânia e Adriane guardavam droga para o traficante Iago cujos comparsas são Luiz Gustavo Oliveira da Silveira, Igor José dos Santos e Robson Chagas Ramos.
Segundo a delegada, os comparsas de Iago arquitetaram a morte de Urânia temendo que ela delatasse o comércio ilegal de drogas promovido pela associação criminosa. “Urania, assim como Adriane, guardavam maconha de Iago nos quartos onde moravam numa vila em São Cristóvão. Iago pagava o aluguel de Adriane e dava maconha para Urânia, pois ela era usuária”, explicou.
Foram ouvidas testemunhas e coletadas provas técnicas que evidenciaram que o crime de homicídio foi praticado em razão do tráfico de drogas e não pela denúncia que a vítima supostamente fez as autoridades municipais de São Cristóvão sobre maus tratos.
Primeira operação
O Depatri realizou a primeira operação desse caso em abril deste ano. Na época, foram presos Adriane Ribeiro Cardoso, Igor José dos Santos Santana e Robson Chagas Ramos que já estava preso por outro crime.
A delegada ressalta que Adriane colaborou com as investigações e nesse primeiro momento ela não foi indiciada por homicídio. Ela foi presa preventivamente num primeiro momento e esclareceu cada detalhe desse caso.
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