A vereadora Sheyla Galba (Cidadania) cobra solução para a falta de medicamentos de quimioterapia para pacientes com câncer no Hospital de Urgências de Sergipe Governador João Alves Filho (Huse). A vereadora alega que, desde fevereiro, os pacientes estão com seus tratamentos interrompidos por causa do problema.
De acordo com Sheyla, pacientes oncológicos que possuem linfoma, carcinoma, leucemia e mieloma estão não estão recebendo nenhum tratamento. “Desde fevereiro, aqui no Hospital João Alves Filho, que os pacientes estão com o tratamento interrompido. Esses medicamentos seguem em falta no hospital”, declara. “A Secretaria de Estado da Saúde (SES) informa que o problema é que a matéria-prima dos medicamentos está em falta, que não tem uma logística para encontrar o medicamento, mas um paciente conseguiu comprar um dos medicamentos, então a gente sabe que tem matéria-prima e também tem logística”, completa.
A vereadora complementa sua denúncia ao mencionar sobre uma possível força-tarefa que a SES avisou que iria fazer. “Seria uma força-tarefa criada pela SES para poder solucionar essa situação. A secretaria avisou que iria fazer isso em março, mas não fez nada ainda”, relata.
Sheyla também afirmou que recebeu uma ligação sobre mais pacientes com tratamento interrompido. “A informação era de que 20 pacientes com câncer de colo de útero, que fazem braquiterapia, estão desde dezembro sem tratamento no Hospital João Alves Filho”, comenta.
Secretaria de Estado da Saúde
A Secretaria de Estado da Saúde (SES), através de nota, informou que vem enfrentando dificuldades para comprar medicamentos, particularmente os oncológicos. O órgão acrescentou que, desde o segundo semestre do ano passado, a Coordenação de Licitação já realizou três licitações via pregão, para aquisição de medicamentos oncológicos (entre eles, a Bleomicina e Dacarbazina), mas sem sucesso, uma vez que as licitações ou deram desertas ou fracassaram porque os arrematantes não atenderam aos critérios técnicos do edital, prejudicando, assim, o processo licitatório.
A SES também pontuou que está buscando meios de contratação de forma direta através de adesões à atas ou por dispensas com base e fundamento na emergência da situação, ante o fracasso de mais de duas licitações .
Por Isabella Vieira e Verlane Estácio
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