De 1º de janeiro até hoje, a Polícia Civil já apurou 1.357 denúncias em 69 municípios de SE
Foi deflagrada na manhã desta segunda-feira, 08 de março, dia Internacional da Mulher, a Operação Resguardo. A ação faz parte de uma operação coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), em parceria com as Polícias Civis do Brasil, com o objetivo de combater os crimes relacionados à violência contra a mulher nos 26 estados e no Distrito Federal.
Nesta segunda-feira, estão sendo cumpridos mandados de prisão nas cidades de Aracaju e Nossa Senhora do Socorro, que concentram o maior número de denúncias dessa natureza e também em vários municípios do interior. Nessa operação, estão empregados 194 policiais e 82 viaturas.
A operação começou a ser planejada desde 1º de janeiro de 2021. Os dados mostram que houve aumento de denúncias desse tipo de crime na pandemia, tanto pelo Disque 100, do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, quanto pelo Disque-Denúncia (181), da Polícia Civil.
A Polícia Civil de Sergipe já catalogou, de 1ª de janeiro até hoje, 1.357 denúncias registradas em 69 municípios sergipanos. Foram autuados em flagrante, 194 agressores, realizadas 560 diligências e visitas, 1.379 vítimas foram atendidas, 749 procedimentos investigativos foram instaurados e 288 medidas protetivas solicitadas à Justiça. Também foram apreendidas seis armas de fogo e ocorreu a prisão por mandado judicial de 150 agressores em todo estado, com o envio de mais de 415 procedimentos ao Judiciário.
A delegada Mariana Diniz ressaltou que o números de crimes contra as mulheres são alarmantes e que as instituições da segurança pública estão centradas no enfrentamento à violência contra a mulher. “Infelizmente, o número é alto e ainda não condiz com a realidade, pois muitos casos ainda são subnotificados. Mas observamos que houve um aumento, sobretudo no número de denúncias anônimas por conta da pandemia. Acredito que por conta do confinamento, as pessoas mais dentro de casa, a violência doméstica no âmbito doméstico, deixou a mulher mais vulnerável, e com isso o número de crimes contra a mulher cresceu”, reiterou.
Participaram da operação desencadeada pela Superintendência da Polícia Civil, todos os Departamentos de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAGV), de Aracaju, Estância, Itabaiana, Lagarto e Nossa Senhora do Socorro, além da Coordenadoria de Polícia Civil do Interior (Copci) com apoio das Delegacias Municipais e Distritais do interior.
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