Das 394.852 ligações feitas à Central de Regulação de Urgência (CRU) através do 192, 26% delas foram trotes
Um levantamento realizado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) mostra que o número de trotes em Sergipe, registrados em 2020, foi bastante alto. Para se ter uma ideia, das 394.852 ligações feitas à Central de Regulação de Urgência (CRU) através do 192, 26% delas foram trotes. O prejuízo causado no serviço é enorme e pode prejudicar o atendimento às vítimas.
Segundo o gerente do Núcleo de Educação Permanente (NEP) do Samu, Kelson Santos Rosário, pessoas que realmente precisam do atendimento do órgão podem deixar de ser atendidas, porque os profissionais estão com as linhas ocupadas com trote. Há ainda o mais agravante: o tempo resposta pode aumentar para o atendimento a uma pessoa que realmente esteja precisando da assistência do Samu, devido a um trote.
“Quando uma pessoa liga para o Samu, um atendente faz uma triagem das ocorrências e as encaminha para o médico de plantão, que já começam o atendimento por telefone. A prática do trote preocupa, porque há possibilidade de uma viatura ser enviada a uma falsa urgência, enquanto poderia ser deslocada para atender um caso de real necessidade”, afirmou.
De acordo com o gerente, o que chama a atenção é que nos últimos três meses do ano de 2020 houve uma crescente nas ligações, um total de 103.866 foi registrado, em comparação ao ano de 2019, quando o Samu recebeu 100.827. “Quando se trata de um trote, todo o trabalho é perdido, a gente pede que as pessoas tenham consciência, e que os pais orientem seus filhos, porque estamos falando de um serviço que lida com vidas”, concluiu.
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