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Suspeitos de envolvimento no golpe do bilhete premiado contra vítimas de Sergipe são presos em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul

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Por Isto é Aracaju

O golpe do bilhete premiado é aplicado, na maioria das vezes, em idosos, nas áreas nobres da cidade

Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri)

O Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri) deflagrou uma operação que resultou na prisão de três envolvidos no golpe do bilhete premiado em Sergipe. As detenções ocorreram no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. As vítimas do golpe, geralmente, são idosos. Os suspeitos foram identificados como Daniel Menezes Dornelles, Daniel Baldo da Silva e Lucas Flores. A ação policial contou com o apoio da Polícia Civil do Rio Grande do Sul e da Paraíba e da Polícia Militar de Santa Catarina. A última prisão ocorreu numa praia catarinense, no domingo, 14.

De acordo com a delegada Lauana Guedes, o golpe é antigo, mas continua fazendo vítimas em todo o país. “É um golpe antigo, que remonta ao século XIX, mas que ainda gera muitas vítimas. Em Aracaju, quatro pessoas foram vítimas desse golpe. Eles tiveram prejuízos entre R$ 100 mil a R$ 300 mil. Fizemos um trabalho de campo, captamos imagens e, posteriormente, foi feito o reconhecimento fotográfico desses suspeitos. Representamos pela prisão preventiva e as decisões judiciais foram expedidas”, detalhou.

Lauana Guedes destacou que um dos suspeitos, o Lucas Flores, possuía mandados de prisão expedidos em cinco estados – Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Espírito Santo, Sergipe e Paraíba. As investigações continuam para prender outros envolvidos na prática desse crime. Um quarto integrante do grupo criminoso foi identificado como Wagner Parnoff. Informações e denúncias sobre a localização dele podem ser repassadas por meio do Disque-Denúncia (181).

Golpe do bilhete premiado

A delegada explicou que os golpistas abordam as vítimas, na maioria das vezes idosos, em bairros nobres, e as convencem de que estão com um bilhete premiado, mas que não podem ou não possuem condições de resgatar o dinheiro. “Um suspeito aborda a vítima e se passa por uma pessoa humilde. De posse de um papel, que o golpista diz ser um bilhete premiado, pega algumas informações. Nesta cena, aparece um segundo golpista, que diz ter ouvido a conversa, e simula querer ajudar”, revelou.

Em seguida, outro suspeito entra em cena para a continuidade do golpe, conforme realçou Lauana Guedes. “Ele chega a ligar para uma terceira pessoa, que seria outro golpista, coloca no viva voz e pergunta se o bilhete é realmente premiado. Com a resposta, eles conseguem convencer a vítima a se deslocar a uma agência bancária, sacar uma quantia em dinheiro e transferir, com a promessa de que vai ficar com o bilhete, já que o primeiro golpista não poderia ficar”, pontuou.

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