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Sergipe vai realizar o primeiro transplante de rim em um hospital público do estado

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Por Isto é Aracaju

Nesta quinta-feira (5) Sergipe vai realizar um procedimento inédito no Sistema Único de Saúde (SUS). Pela primeira vez, um hospital público vai realizar um transplante de rim no estado. O procedimento vai acontecer no período da manhã, no Hospital Universitário da Universidade Federal de Sergipe (HU-UFS).

Há 10 anos, Sergipe realizou o último transplante renal, mas através de uma unidade particular. Sergipe ainda é um dos estados do Brasil em que nenhum hospital realiza transplante de rim.

Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (SES), com dados de fevereiro de 2022, cerca de 1.300 pessoas realizam diálise, ou seja, quando uma dessas pessoas precisa de um transplante renal, não tem outra opção senão ir a outro estado. O que mudará a partir de agora. Na sexta-feira, dia 7, o hospital vai realizar o segundo procedimento.

Equipe multiprofissional

Atualmente, a equipe de transplantes renais do HU-UFS/Ebserh está formada por dois nefrologistas; três cirurgiões; um médico intensivista; dois anestesistas; dois enfermeiros; um farmacêutico; um psicólogo; uma assistente social; um nutricionista; um fisioterapeuta; dois médicos infectologistas; e um assistente administrativo. Além desses membros, outros profissionais darão suporte aos transplantes, entre residentes, higienização e colaboradores do serviço laboratorial.

Para realizar os transplantes, foi necessário que todos os membros da equipe participassem de uma tutoria de capacitação com o Hospital israelita Albert Einstein, resultado de um convênio com o Ministério da Saúde.

“Assistimos a uma nova etapa. Depois da interrupção, em 2012, da realização de transplantes renais que fazíamos em hospital privado, o nosso hospital-escola retoma essa realidade em Sergipe. É bom para a população, que terá essa opção sem precisar sair do estado. O Hospital Albert Einstein, parceiro do SUS nessa tutoria que oferece aos nossos profissionais, reforçou a competência dos serviços implicados e deu a cada membro da equipe a formação adequada”, explicou o chefe da Unidade do Sistema Urinário, Ricardo Bragança.

Inicialmente, serão realizados apenas o transplante renal inter vivos, que consiste em identificar, no entorno social do paciente, pessoas dispostas a realizar a doação, desde que não haja incompatibilidade. Nesse caso, se o doador é parente do receptor, classifica-se o transplante como de pessoa relacionada (consanguínea). Esse é o primeiro tipo de transplante que o HU-UFS/Ebserh vai começar a realizar, chamado de eletivo.

Acompanhamento

O urologista Ricardo Bragança garante que o HU-UFS/Ebserh vai acompanhar todos os pacientes de transplante renal. O protocolo de atendimento já está regulamentado para acompanhamento ambulatorial, destinado à observação do pós-operatório e intervenção em eventuais ocorrências, inclusive, se necessário, com disponibilidade de nova internação hospitalar.

“O cronograma do protocolo prevê, como regra, um acompanhamento inicialmente semanal. Depois, com a evolução positiva do quadro clínico, as consultas se tornam mensais. Se tudo continuar correndo bem, o paciente passa a um acompanhamento bimensal ou trimestral”, detalha o médico.

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