O final de ano no Brasil contou com uma surpresa preocupante: a circulação agressiva do vírus Influenza H3N2. Além de lidar com os casos de Covid-19, visto que pandemia ainda não acabou, a saúde e a população se desesperaram mais uma vez com a epidemia de gripe que assola todo o país. E, junto a milhares de pessoas com sintomas gripais, vem a falta de medicamento para atender esse alto número de pessoas adoentadas, complicando ainda mais a contenção do vírus.
Com a demanda, as farmácias não conseguem suprir a procura e muitos pacientes voltam para casa sem as medicações necessárias para tratar a enfermidade. Em Sergipe, a falta dos medicamentos nos estabelecimentos farmacêuticos já é notória e a população se vê em uma situação sem solução, já que não há outra forma de combater a gripe sem o devido repouso e a ingestão de remédios. A empresária Adriana Vieira, que está com a gripe, notou que as farmácias de Aracaju estão com desabastecimento de antigripais e xaropes. “Eu fui em cinco farmácias daqui do Bairro Farolândia em Aracaju e quando chegava e perguntava se ainda tinha os remédios antigripais os farmacêuticos diziam que não e que não iria chegar por agora, porque já estão usando um estoque que deveria durar mais tempo”, relata.
“A farmácia que eu fui ainda tinha muita coisa, mas outras drogarias estão praticamente zeradas. O que encontra é um ou outro xarope pediátrico. Os de tosse seca e secreção eu só conseguir achar cada um em diferentes farmácias. Mas não tem estoque para repor praticamente nenhum remédio. Dipirona mesmo, que é um remédio básico, não acha. Aqui em casa estamos eu e meu namorado doentes, a minha mãe ainda não pegou, mas provavelmente vai. Então o pessoal já compra os remédios pensando na família toda, porque sabem que eles também vão adoecer”, conta.
Recesso e falta de estoque
De acordo com o Presidente do Sindicato dos Farmacêuticos, todos os fornecedores não estavam preparados para a carga viral que está em Sergipe e em todo o Brasil. E pelo período, muitas indústrias estavam de recesso e geralmente só voltam a partir do dia 5 de janeiro ou no máximo até dia 15. A regularização deve começar a partir de hoje, e mesmo com a grande demanda, até o meio do mês devem estar suprindo a alta procura. Mas essa é uma previsão, porque essa carga viral geralmente aparece em maio/junho. Então não estávamos preparados”, explica. “80% dos antigripais estão faltando no mercado. Dipirona, Ibuprofeno, Amoxilina e xaropes para tosse estão em falta desde antes do Natal. É uma missão constante de ter que ficar ligando para os fornecedores tentando conseguir estoque. Por isso, por mais que sejam remédios básicos, como o Dipirona, não se deve vender sem a prescrição médica, para que o paciente não cometa erros na dosagem e também ajude a diminuir as vendas desnecessárias”, declara.
Fonte: JC
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