Mais uma marca de cervejas deverá ficar mais cara no Brasil. Depois da Ambev anunciar reajustes de preços, a Heineken afirmou que está analisando elevar os preços dado o cenário macroeconômico volátil do País e do mundo.
De acordo com um relatório de resultados da empresa, novas abordagens de preço estão sendo estudadas para tentar “responder” às variações no mercado global e os efeitos no Brasil.
“Estamos escolhendo abordagens assertivas de preços e custos em todos os nossos mercados para responder a esse desafio”, diz Dolf van den Brink, presidente global da cervejaria holandesa, no relatório de resultados da Heineken.
A expectativa era de que a empresa holandesa não reajustasse os preços no Brasil até o fim do ano. Ao jornal Valor Econômico a empresa disse que esses reajustes não estavam previstos para o último trimestre deste ano, considerando o período de outubro a dezembro de 2021.
A Heineken Brasil, no entanto, afirmou que não irá comentar o assunto por ser uma política global da companhia. “O Grupo HEINEKEN no Brasil não comenta sobre os resultados anunciados pelo global, por uma política interna”, disse a empresa.
MARCAS PREMIUM
O balanço da Heineken ainda indica que a venda de marcas mais econômicas no Brasil registrou um encolhimento de 40% no terceiro trimestre de 2021. O portfólio inclui marcas como Glacial, Bavaria e Schin.
No entanto, as marcas premium da empresa apresentaram resultados positivos e acima da média do mercado, o que pode indicar que o brasileiro está focado em cervejas um pouco mais caras.
“Os portfólios premium e mainstream cresceram fortemente, superando o mercado, impulsionados pelo fôlego contínuo de Heineken, Eisenbahn, Devassa e Amstel e pelo lançamento da Tiger”, diz a empresa no balanço divulgado na última quarta-feira (27). As informações são do jornal O Globo.
IMPACTO PARA OS RESTAURANTES
Segundo o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes no Ceará (Abrasel-CE), as elevações de preço das cervejas já está causando impactos diretos nos custos do setor de alimentação fora do lar.
De acordo com Taiene Righetto, as últimas variações do mercado elevaram os custos de bares e restaurantes entre 6% e 8%.
E para tentar contornar o impacto, o presidente da Abrasel-CE afirmou que metade dessas flutuações de custos deve ser repassada aos clientes, gerando novos aumentos no preço nos cardápios.
“Teve impacto, sim. A cerveja é um dos produtos que mais vendemos em bares e restaurantes, então teve um peso sim. Teve um aumento de média de custo de 6% a 8%, mais ou menos. É pesado e se falarmos de uma alta para a Heineken, pesa ainda mais, não tenha dúvida, e teremos de repassar porque não está dando para segurar”, disse.
VEJA QUAIS CERVEJAS TIVERAM ALTERAÇÕES DE PREÇO
Apenas a Ambev havia divulgado reajuste no preço de cervejas. A empresa é detentora de 60% do mercado e possui alguns dos rótulos mais conhecidos. Veja quais:
- Adriática
- Andes
- Antártica
- Beck’s
- Berrió do Piauí
- Bohemia
- Brahma
- Budweiser
- Caracu
- Colorado
- Corona
- Esmera de Goiás
- Franziskaner
- Goose Island
- Hoegaarden
- Kona
- Leffe
- Legítima
- Magnífica do Maranhão
- Michelob Ultra
- Modelo
- Nossa
- Original
- Patagonia
- Polar
- Serramalte
- Serrana
- Skol
- Spaten
- Stella Artois
- Três Fidalgas
- Wäls
Fonte Diário do Nordeste
Leia também:
Cerveja ficará mais cara a partir de outubro, diz Ambev
Acompanhe também o Isto é Aracaju no Instagram, Facebook e no Twitter
Acompanhe também o "Isto é Aracaju" nos seguintes canais:
Instagram: @istoearacaju
Canal WhatsApp: Isto é Aracaju
Facebook: /istoearacaju
Twitter: @istoearacaju
YouTube: /istoearacaju